‘Fintech do café’ projeta expandir financiamento aos produtores rurais

Com a proposta de impulsionar o poder do agronegócio através da democratização financeira, a fintech agrícola Bigtrade espera ampliar oportunidades ao produtor rural de café ainda em 2024. Sediada em Belo Horizonte, a marca projeta ampliar fundos estruturados dos atuais R$ 50 milhões para R$ 200 milhões a partir do segundo semestre deste ano.

Fundada por oito sócios, a empresa tem entre os acionistas o Grupo Monte Santo Tavares, uma holding com experiência em todas as etapas da cadeia cafeeira. Recentemente, a marca recebeu aportes de R$ 20 milhões a partir de acordo com grupos de investidores.

Segundo o co-fundador e CDO da Bigtrade, Vinicius Debian, a fintech se especializou em atender o produtor rural de café por identificar uma intensa demanda por crédito do setor. “Entendemos que o Plano Safra e programas de incentivo do governo não oferecem crédito suficiente para os produtores rurais”, ressalta.

Debian acrescenta que, com a alta demanda por crédito e os bons resultados da empresa, o próximo passo da companhia é realizar uma rodada série A para captar investimentos em tecnologia e infraestrutura. “Trabalhamos também com uma plataforma de Inteligência Artificial generativa para identificar o cálculo de produtividade dos cafeicultores. A ideia com a entrada de capital é utilizar parte desse valor para o investimento nessa plataforma”, afirma.

Atualmente a empresa opera na maior parte dos estados onde possuem cultivo de café, como Minas Gerais, Espirito Santo e São Paulo. O estado mineiro é o local de maior atuação da marca, que financia produtores das regiões da Zona da Mata, Cerrado e Sul de Minas.

Produtor pode pagar em dinheiro ou em café

Um dos diferenciais da fintech está na ampla possibilidade de pagamentos por parte do produtor rural de café. Ao optar por pagar com o insumo, o produtor assume o compromisso de entregar o café em uma trading parceira e esta assume o pagamento para a Bigtrade.

“Dentro desse modelo, parte do produto vai para capital de giro e parte para custeio”, esclarece Debian. O produtor poderá solicitar o crédito através do cadastro digital no site da empresa ou por meio das mais de 20 revendas parceiras.