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GHAS investe R$ 8 milhões e aposta em IA para ampliar eficiência hospitalar

O fortalecimento da AVA, assistente virtual proprietária baseada em inteligência artificial, é uma das apostas
GHAS investe R$ 8 milhões e aposta em IA para ampliar eficiência hospitalar
Crédito: Reprodução Freepik

A GHAS, empresa mineira de tecnologia para gestão hospitalar sediada em Belo Horizonte, irá investir em torno de R$ 8 milhões nos próximos cinco anos, incluindo R$ 1,2 milhão apenas em 2026. Os aportes serão direcionados principalmente ao desenvolvimento de novas soluções de automação e inteligência artificial (IA) voltadas à eficiência operacional de hospitais, além da expansão do portfólio de produtos.

A estratégia ocorre em um momento de avanço da empresa no mercado nacional e internacional. A GHAS opera em 14 estados brasileiros, além de México e Bolívia, atendendo mais de 140 instituições de saúde e processando meio milhão de chamados técnicos ao longo dos últimos anos. O objetivo agora, conforme a GHAS, é consolidar sua posição como a maior empresa de sustentação e tecnologia para gestão hospitalar da América Latina até 2028.

Um dos pilares do plano de expansão é o fortalecimento da AVA, assistente virtual proprietária baseada em inteligência artificial. Entre 2024 e 2025, o volume de chamados processados pela ferramenta subiu de 300 para mais de 2 mil, e a expectativa da empresa é dobrar esse número novamente até o próximo ano. A AVA atua em etapas críticas dos hospitais, como faturamento, agendamento, pesquisas de satisfação e suporte de tecnologia da informação (TI), reduzindo gargalos e burocracias internas.

Segundo o fundador, Gustavo Audoeno, a prioridade é elevar a eficiência operacional das instituições de saúde, cujo funcionamento depende integralmente dos sistemas de gestão, responsáveis por tudo, do cadastro de pacientes ao faturamento final. Um dos indicadores fundamentais é o backlog, que mede chamados pendentes, e o SLA, que representa o tempo de resposta ao cliente. A GHAS atua diretamente para reduzir ambos.

“Quando conseguimos diminuir o backlog e melhorar o SLA, entregamos mais agilidade ao hospital. Isso impacta desde a auditoria de contas até a segurança assistencial. A ideia é que a TI pare de ser um gargalo e passe a ser um acelerador de cuidado”, explica.

O desempenho obtido em instituições já atendidas demonstra os ganhos com automação e suporte especializado: algumas unidades registraram redução de 80% no backlog, aumento de 21% no SLA e queda de 29% nos chamados abertos, o que reduz a dependência de fabricantes de software externos para correções ou otimizações.

Além do investimento em tecnologia, a empresa mantém a School GHAS, academia interna voltada à formação de profissionais de TI especializados no setor de saúde, iniciativa que reduz a escassez de mão de obra no segmento e prepara técnicos capazes de operar sistemas complexos, como TASY, MV e outras plataformas de gestão hospitalar.

Com mais de 80 colaboradores e um histórico de atuação que inclui oito anos como distribuidora oficial do TASY Philips, a empresa reforça que sua estratégia atual é ampliar mercado e diversificar serviços.

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