Patrimar acelera ganhos e mira expansão de caixa

O Grupo Patrimar encerrou o primeiro semestre com crescimento expressivo no lucro. A companhia, uma das maiores incorporadoras e construtoras do Brasil, alcançou lucro líquido de R$ 40 milhões, superando em 72% o resultado do primeiro semestre de 2024. No período, também houve alta de 1% na receita líquida, que somou R$ 765 milhões entre janeiro e junho de 2025.
No relatório de resultados do Grupo Patrimar, cuja sede fica em Belo Horizonte, a administração da companhia ressaltou que o crescimento era esperado devido às estratégias adotadas e pela atuação no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A criação da Faixa 4 do MCMV, voltada para famílias que têm renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil, favorece os negócios, uma vez que os financiamentos abrangem imóveis com valor total de até R$ 500 mil.
“A primeira metade do ano de 2025 foi de recuperação da rentabilidade do negócio. Continuamos a acreditar que haverá aumento de rentabilidade nos próximos anos devido às melhorias operacionais implementadas pela companhia, em todas as marcas, além de um crescimento do negócio da Novolar, do programa MCMV, incluindo o novo Faixa 4, como os nossos números operacionais já indicam.”
trecho do relatório da Patrimar
Destaque também para o aumento da margem bruta ajustada, que atingiu 25,9% nos seis primeiros meses do ano. A margem bruta ficou 7,4 pontos percentuais (p.p.) acima da registrada no mesmo período de 2024.
No fechamento do semestre, as vendas da companhia registraram queda de 43% frente ao mesmo período de 2024, com a movimentação de R$ 528 milhões. O resultado se deve a uma base de comparação muito forte com o mesmo período de 2024 e também aos lançamentos concentrados no final do segundo trimestre.
Após um primeiro trimestre sem lançamentos, no segundo trimestre foram movimentados R$ 1,1 bilhão com novos empreendimentos, 18% a mais que em igual período do ano passado. Ao todo, foram sete empreendimentos, totalizando 1.599 unidades. Como as operações foram concentradas apenas no segundo trimestre, na conclusão dos seis primeiros meses de 2025, os lançamentos ficaram 4% menores.
Grupo Patrimar quer ampliar geração de caixa e reduzir alavancagem
Nos próximos meses, os esforços da empresa serão voltados para o aumento na geração de caixa e redução da alavancagem, além da melhora na rentabilidade. No que diz respeito à desalavancagem da companhia, o plano é reduzir o endividamento corporativo (dívida total, excluindo os financiamentos dos projetos). O saldo de endividamento corporativo médio ficou maior em 2025, comparativamente a 2024, passando de R$ 566 milhões em 2024 para os atuais R$ 649 milhões.
“Estamos seguindo com consistência o plano traçado para este ciclo. A alavancagem era uma etapa esperada e necessária. Agora, concentramos nossos esforços em fortalecer a geração de caixa e promover a desalavancagem da companhia”, explicou o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores do Grupo Patrimar, Felipe Enck Gonçalves.
Ainda segundo Gonçalves, diante dos sinais claros de recuperação da rentabilidade, o Grupo Patrimar reforça o compromisso com a geração de caixa e a disciplina financeira nos próximos anos.
Gonçalves explica que isso será alcançado por meio do robusto portfólio de empreendimentos em fase de conclusão, o que contribuirá para fortalecer a geração de caixa tanto no segundo semestre deste ano quanto até o final de 2027. Em 2027, cerca de R$ 2,5 bilhões devem ser recebidos, especialmente com os recebíveis de curto prazo dos empreendimentos Oceana Golf e Atlântico Golf, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
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