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Hotéis de Belo Horizonte têm bons resultados em dezembro

Passados os efeitos da pandemia sobre o setor, rede hoteleira se mantém otimista para 2024
Hotéis de Belo Horizonte têm bons resultados em dezembro
Ocupação no Savassi Hotel chegou a 90% na 1ª quinzena | Crédito: Divulgação/Savassi Hotel

Os primeiros quinze dias de dezembro estão sendo animadores para os hotéis de Belo Horizonte. A coincidência de grandes eventos, como os dois shows de Paul McCartney na Arena MRV, nos dias 3 e 4; a Feira Nacional do Artesanato (FNA), entre os dias 6 e 9, ambos na região Oeste; a Volta Internacional da Pampulha, no dia 10; e o Concurso da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (Smed), no mesmo dia; entre outros, elevaram a ocupação média para 86%, segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih-MG).

Alguns hotéis da região Centro-Sul, segundo a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais  (Secult-MG), chegaram a ter lotação completa. O otimismo, porém, começa a arrefecer a partir do dia 17.

De acordo com a administradora do Savassi Hotel e diretora da Abih-MG, Carolina Drumond, entre os dias 1º e 16 de dezembro a ocupação no hotel que ela comanda chegou a 90%, mas como já é comum na Capital, a diminuição dos eventos corporativos no fim de ano leva a uma queda brusca no volume de ocupação.

“A primeira quinzena foi excelente, com shows, eventos e competições esportivas. A partir do dia 17 tem uma queda brusca. Agora estamos em 30%, índice que deve subir um pouco, mas não deve chegar a 50%. Só o turismo de lazer não consegue sustentar a ocupação”, explica Carolina Drumond.

Os bons números fazem com que a gerente Comercial da Rede H2 – responsável pelo H2 Platinum, no bairro de Lourdes (região Centro-Sul), Michelly Quintão, reforce as estratégias para encantar os clientes que se hospedam pela primeira vez e fidelizá-los.

“Houve uma movimentação muito grande na cidade nos primeiros dez dias, o que nos levou a uma taxa de 86% de ocupação, possibilitando um aumento da diária média de R$ 480 para R$ 502 no acumulado. Devemos fechar dezembro com 70% de ocupação porque a partir do dia 17, o número de eventos na cidade cai”, pontua Michelly Quintão.

A expectativa da executiva é fechar o fim de semana do réveillon entre 40% e 50%. Para janeiro, os números não devem ser tão diferentes, especialmente porque o Carnaval será logo no início de fevereiro, entre os dias 9 e 13, levando muitas pessoas a optarem por viajar em um período ou no outro.

“Além disso, ainda é bastante comum as pessoas fazerem reservas em cima da hora. Nosso gap é de apenas 14 dias, então ainda é prematuro cravar números para janeiro, mas ainda assim esperamos um bom 2024, com a cidade recebendo grandes eventos como a Stock Car, em agosto, por exemplo. Vamos fechar 2023 com uma ocupação média de 80%, o que é excelente. Não temos nem como crescer muito em ocupação. Vamos trabalhar para aumentar a diária média”, pontua a gerente comercial da H2.

A avaliação da diretora da Abih-MG caminha no mesmo sentido. Ela ainda chama a atenção para as condições climáticas típicas de janeiro, que podem causar cancelamentos durante todo o verão.

“Apesar do perfil de Belo Horizonte ter se diversificado nos últimos anos, ainda somos uma cidade primordialmente de negócios, então essa mudança ainda não tem força para mudar as sazonalidades. Em janeiro ainda corremos o risco de muitos cancelamentos devido às chuvas que deixam as estradas para regiões importantes como o Circuito do Ouro, impraticáveis”, analisa a administradora do Savassi Hotel.

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