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Inco Investimentos prevê a captação de R$ 400 mi neste ano

Inco Investimentos prevê a captação de  R$ 400 mi neste ano
A Inco já captou R$ 220 milhões desde o lançamento da primeira rodada de investimentos | Crédito: Divulgação

Aprovada recentemente como instituição financeira pelo Banco Central (BC), a fintech belo-horizontina Inco Investimentos promete ampliar o leque da carteira de produtos. Até então, sob a classificação de correspondente bancária, a empresa trabalhava apenas com crowdfunding imobiliário. Com a mudança, os segmentos de energia, educação, startups e saúde passam a integrar o portfólio de crédito ofertado aos investidores.

Com dezenas de projetos, a Inco já captou R$ 220 milhões desde o lançamento da primeira rodada de investimentos. Tamanha a aposta no crescimento neste exercício que a meta é quase dobrar esse volume e alcançar o montante de R$ 400 milhões ao final de 2022.

“Em 2019, captamos R$ 10 milhões; em 2020, foram R$ 37 milhões; e no ano passado, R$ 150 milhões. Multiplicamos por quatro o desempenho e esperamos manter esse ritmo exponencial neste ano, a partir das ofertas e volumes de garantias”, diz o cofundador da Inco Investimentos, Daniel Miari.

Outra meta é chegar entre 20 mil e 30 mil investidores cadastrados na plataforma. Atualmente esse número é de 10 mil. Minas Gerais reúne 25% desse contingente.

Queremos desmistificar o mercado financeiro, afirma Miari | Crédito: Divulgação

Novas operações de crédito

Tudo isso será possível justamente pela aprovação pelo BC para que a startup atue como Sociedade de Empréstimos entre Pessoas (SEP). Na prática, o modelo permite à Inco facilitar a vida dos investidores, reduzindo a burocracia do acesso ao crédito, mais rapidez nos processos, além de taxas competitivas. Vale lembrar que, no Brasil, dois tipos de fintechs de crédito podem ser autorizados a operar: via SEP ou Sociedade de Crédito Direto (SCD). A diferença é que a SEP só pode oferecer crédito entre pessoas.

“Como a Inco não era regulamentada para operar como uma instituição financeira, precisávamos fazer parcerias e realizar as transações atreladas ao correspondente bancário da MoneyPlus, a fim de legitimar as operações. Agora, teremos mais flexibilidade para realizar as transações e os investidores terão mais alternativas para diversificarem seus investimentos”, explica.

Miari completa que a regulação fortalece ainda mais a missão da startup no sentido de democratizar o crédito no País, abrangendo todos os perfis de investidores. “Queremos nos consolidar como alternativa de investimento mais simples. Desmistificar o mercado financeiro e facilitar o acesso ao mercado. Para isso, lançaram também um aplicativo da plataforma, que facilita ainda mais a vida do investidor.

Ele reitera também que qualquer pessoa com R$ 500 consegue ter o retorno investindo diretamente em empreendimentos imobiliários, energéticos, do agronegócio ou de crédito estudantil, de forma direta com uma taxa combinada e com bons prazos de retorno. Porém, com taxas superiores a 20% ao ano devido a forte subida forte da taxa básica de juros (Selic) nos últimos anos. “O crédito ficou mais caro e o que fizemos foi manter o critério rigoroso nas ofertas e na estruturação das garantias; assim, conseguimos manter um equilíbrio”, finalizou.

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