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Mercado de Origem: um fomento à cultura e à gastronomia mineira

Espaço, aberto ao público em outubro, será inaugurado oficialmente em março
Mercado de Origem: um fomento à cultura e à gastronomia mineira
Com 20 mil metros quadrados de área construída, espaço localizado no bairro Olhos D’Água conta com seis pavimentos | Crédito: Divulgação/Mercado de Origem

Com o objetivo de celebrar a riqueza cultural do Estado, o Mercado de Origem, localizado no bairro Olhos D’Água, região Centro-Sul de Belo Horizonte, abriu suas portas no dia 31 de outubro do ano passado e, aos poucos, pretende se tornar o epicentro de encontro para amantes da arte, gastronomia, artesanato e agricultura familiar de Minas. A inauguração oficial só será em março, mas o mercado já opera, desde então, com mais de 50% das lojas em funcionamento e já recebe feiras e eventos.

Quem conta é o diretor jurídico do Grupo Uai, Bernard Martins. Com capacidade para receber 250 espaços comerciais, o empreendimento já está com 85% das lojas alugadas e mais da metade das operações em funcionamento. “Estamos aguardando os outros lojistas concluírem suas obras e esperando as pessoas voltarem para as cidades do entorno de Belo Horizonte. Depois do Carnaval faremos o lançamento oficial”, diz Martins.

Com 20 mil metros quadrados de área construída, o espaço abrigava um motel e foi reformado para abrigar o mercado. Atualmente com seis pavimentos, traz diversas atrações gastronômicas e culturais.

Entre eles comércios tradicionais da cultura mineira como a Casa Geraldo, especializada em vinhos; uma fábrica do queijo Senzala, iguaria premiada internacionalmente e produzida na Fazenda Nova Califórnia, na região de Araxá (Alto Paranaíba), mas que está sendo maturado dentro do mercado também. E a primeira unidade da choperia 3 Orelhas, da cidade de Gonçalves (MG), no Sul de Minas, e com grande reconhecimento no interior do Estado, são apenas alguns exemplos das atrações que o espaço oferece. 

O lugar ainda conta com açougue vegano, buffet e espaço infantil, festas, eventos e feiras que fomentam a agricultura familiar.

Diversificação cultural e agricultura familiar fomentam o mercado

Além da variedade de lojas, o Mercado de Origem reflete e exalta a riqueza da produção local. Por isso, a agricultura familiar é um dos fortes atrativos do espaço. Com 300 vagas de estacionamento, o empreendimento já está recebendo feiras de produtos orgânicos, por exemplo, além de vendas e exposições de produtos que respeitam os ciclos de produção e garantem uma relação sustentável e duradoura com os fornecedores locais.

Para diversificar ainda mais o conteúdo, os produtos orgânicos e veganos também ganham espaço, e o mercado abriga hoje, por exemplo, um açougue especializado em mercadoria vegana.

“A ideia que queremos passar é mais do que um centro comercial; é um espaço que celebra a riqueza cultural da região e promove a identidade mineira“, enfatiza Martins. Ele explica que além de fomentar a cultura mineira, o mercado tem um papel social de contribuição para a vida econômica do bairro Olhos D’Água e seus arredores.

Projeto tem perspectiva de expansão nacional

De acordo com o diretor, a proposta do mercado é trazer a essência do Estado. “É trazer a história de Minas e os produtos mineiros para dentro daquele espaço, preservando o conceito do que conhecemos de mercado”, explica Matias. E o projeto é nacional. Além de prever cinco unidades na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a expansão nacional é também um objetivo do grupo.

“A gente quer consolidar a marca Mercado de Origem do Olhos D’Água, do Santa Teresa, mas também da Amazônia, por exemplo. temos vários projetos em fase de aprovação, mas estamos concentrando em consolidar o primeiro neste momento”, comenta o diretor.

A cautela tem sido uma característica importante do projeto. Com perspectiva para ter sido inaugurado em 2020, a pandemia promoveu um adiamento e uma reformulação nos projetos, mas não o suficiente para cair por terra. 

Museu das Reduções ganha nova sede

O Museu das Reduções, conhecida atração cultural que reúne arquitetura nacional ao expor miniaturas de obras significativas do País, encerrou – em 31 de outubro de 2022 – as atividades artísticas, culturais, educativas e turísticas no local que ocupava, desde novembro de 2020, no Espaço Vivenda, na BR-356, km 77, em Cachoeira do Campo, Ouro Preto.

Martins: proposta do mercado é trazer a essência do Estado | Crédito: Divulgação/Mercado de Origem

Conforme comunicado no próprio site do museu, o motivo “foi um inoportuno e insuperável desacordo comercial” que determinou o fim da parceria que possibilitou a instalação do Museu em Cachoeira do Campo.

Porém, no mesmo comunicado, eles avisam que “há males que vêm para o bem” e anunciam a parceria com a Fundação Doimo, responsável pela administração do Mercado de Origem. Sendo assim, é no Mercado de Origem que o museu voltou a funcionar, atendendo e mantendo a importância econômica e cultural. “O museu reúne um acervo arquitetônico incrível do País, e tem sido muito procurado por estudantes, como de arquitetura”, comenta o diretor Martins.

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