Entidades se unem para certificar produtores

14 de dezembro de 2019 às 0h10

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Com um espaço de 14 mil m², o Mercado de Origem está em fase final de construção na Capital - Crédito: Divulgação/ Doimo

Agregar ainda mais valor a produtos que já são especiais é o objetivo da parceria firmada entre o Mercado de Origem e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O Acordo de Cooperação Técnica vai viabilizar a colaboração entre as duas entidades, com o intuito de promover a certificação de produtores mineiros por meio do programa Certifica Minas.

De acordo com Bernard Martins, vice-presidente da Fundação Doimo – gestora do Mercado de Origem -, mais do que um ponto de venda, o Mercado de Origem quer ser uma escola para o pequeno produtor, capaz de auxiliá-lo a se tornar um verdadeiro empreendedor, qualificando processos e produtos e gerando valor para o consumidor final.

“Não adianta ser só um ponto de venda, tenho que ensinar o produtor a gerir a sua loja, a importância da segurança alimentar e criar entre ele e o consumidor uma confiança para agregar valor ao produto. Com esse acordo, o IMA vai criar mecanismos mais simplificados e in loco para os produtores que estiverem no Mercado de Origem consigam a certificação. Dessa forma, criamos uma grande bolsa de negócio dentro do Mercado de Origem. Já temos acordo desse tipo, por exemplo, com a Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). Eles fazem o trabalho da porteira para dentro. Os produtores tiveram um salto de produção, mas não na remuneração, porque tem o gargalo na comercialização e agora vamos atuar nessa fase”, explica Martins.

Instalado na região Sul de Belo Horizonte, o Mercado de Origem tem como objetivo empoderar os pequenos empreendedores rurais ligando seus produtos diretamente aos grandes mercados consumidores, encontrando soluções para os entraves de logística, armazenagem e distribuição, sem a necessidade de um atravessador. O espaço de 14 mil m² está na reta final de construção. Ele vai reunir 400 lojas, com mix diversificado, que além de dar acesso aos mais variados produtos de origem, inclui uma cave de maturação de queijos e salumeria, uma adega de vinhos climatizada, o maior centro de entretenimento infantil indoor do Estado, uma escola internacional de gastronomia e um rooftop gastronômico.

Expansão – O projeto prevê que o Mercado de Origem chegue a outros estados. Terão prioridade aqueles onde o Grupo Uai tem atuação, sendo eles Bahia, Pernambuco, Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. Há ainda o projeto para incentivar exportações, já tendo sido feitos contatos empresariais com a China.

“Esperamos que o nosso raio de atuação seja de cerca de 100 quilômetros. Vamos abrir esse espaço para a pessoa saber o que está comprando desde a sua origem. Além de um centro de comércio, somos também um espaço de memória de Minas. Vivemos uma verdadeira quebra de padrão de consumo. Hoje olhamos para trás e nos perguntamos ‘será que não fomos demais na cozinha de inox?’. Então é aí que queremos atuar, oferecendo ao produtor uma oportunidade de ser profissional e se manter no campo, ganhando o justo, e também para o consumidor uma garantia de qualidade, acesso e preço acessível”, afirma o vice-presidente da Fundação Doimo.

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