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Mineiro atuou na criação de teste rápido para Covid

Jovem ganhou bolsas nas melhores universidades dos EUA
Mineiro atuou na criação de teste rápido para Covid
Crédito: Reprodução/ UFMG

Estudante do Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (Coltec), Paulo Henrique Diniz, de apenas 17 anos, se interessa bastante por questões globais como a Covid-19, patologias pulmonares e pesquisas sobre o câncer e análises clínicas. Tamanho engajamento tem levado o jovem mineiro a grandes conquistas, entre as quais, propostas de bolsa integral para estudar medicina em universidades americanas.

Medalhas de ouro em olimpíadas do conhecimento, menção honrosa do Instituto Butantã e bolsas de pesquisa focadas no diagnóstico da Covid-19 também já integram o currículo de Diniz, que conta que seu interesse pela ciência surgiu ao navegar por redes sociais, mais especificamente, no Youtube.

“Sempre fui curioso e ‘maratonava’ vídeos sobre experimentos, o que me despertou interesse pela biologia. Durante a pandemia, organizei um grupo de pesquisa para a doença reunindo vários pesquisadores de universidades pelo mundo, debatendo teorias sobre a pandemia, até desenvolver um teste rápido para a doença”, recorda.

O estudante fez parte de um grupo de pesquisa da UFMG que criou um teste para detectar a Covid-19, trabalho que o credenciou para a bolsa de estudos internacional. Como bolsista júnior de iniciação científica, Diniz e outros pesquisadores da universidade criaram um teste rápido capaz de detectar o coronavírus por meio de um smartphone, o que representaria uma grande redução de custos à época, já que não havia insumos para fazer o exame PCR.

A partir do feito, ele acabou aceito em um programa de bolsas integrais na Universidade de Johns Hopkins, em Baltimore, e na Universidade de Yale, em Connecticut, nos Estados Unidos. E, em meio às dúvidas inerentes desta fase da vida, Diniz também se viu no impasse de cursar a graduação no exterior ou não. As orientações da EducationUSA, rede oficial do Departamento de Estado para informações sobre estudos nos Estados Unidos, o ajudaram a permanecer na mentoria.

O EducationUSA possui uma rede global de mais de 400 centros de orientação. No Brasil, são 42 escritórios situados em universidades brasileiras, centros binacionais Brasil-Estados Unidos e Espaços Americanos (American Spaces). A rede orienta os alunos na busca de opções junto às mais de 4.700 universidades a nível de graduação e 1.700 programas de mestrado e doutorado com informações sobre admissão e bolsas de estudos.

UFMG e Covid-19

Os feitos dos pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) não param por aí. Talvez a mais importante delas esteja relacionada à SpiN-Tec MCTI UFMG, a primeira vacina 100% brasileira, que está sendo produzida no Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da universidade.

O imunizante se encontra na etapa de testes clínicos em humanos e a expectativa é a de que esteja disponível para o público a partir do primeiro semestre de 2024. Até lá, os testes clínicos estão sendo realizados em três etapas. Os investimentos são próximos a R$ 500 milhões.

Conforme já publicado, as pesquisas para o desenvolvimento da vacina foram iniciadas em novembro de 2020. O antígeno da SpiN-Tec MCTI UFMG inclui duas proteínas do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. Uma é a proteína Spike (S) e a outra é o nucleocapsídeo (N), o que explica o nome SpiN. Por essa particularidade, os pesquisadores acreditam que o imunizante será mais efetivo contra novas variantes.

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