Paixão pelos cabelos vira negócio; conheça a história de mudança de carreira que deu origem ao The Jazz

Há cerca de 15 anos, Letícia Motta se encontrava sozinha em uma sala, olhando para um computador, sentindo-se frustrada, desmotivada e desconectada da própria carreira. Formada em Sistemas da Informação, ela tomou uma decisão que mudaria completamente sua vida: largar tudo para trabalhar com o que realmente ama: cuidar de pessoas, através da beleza e da saúde capilar.

“Poderia ser uma história romântica, mas não foi. Na época, existia muito preconceito com quem escolhia trabalhar com cabelos. Nem meus pais acreditavam que daria certo”, relembra.

O caminho foi cheio de desafios, dúvidas e dificuldades financeiras. Para bancar os cursos que tanto desejava, ela chegou a trabalhar em loja de roupas, enquanto dedicava noites, domingos e feriados aos estudos.

Aos poucos, foi conquistando seu espaço. Começou, literalmente, varrendo cabelos no chão dos salões antes de poder atender suas próprias clientes. Mesmo com curso superior e formação acadêmica, enfrentou olhares de julgamento por ter “virado cabeleireira” — algo que, na época, carregava estigmas.

Só que o amor pela profissão falou mais alto. Ao atender uma cliente que sofria com queda acentuada dos fios, ela se apaixonou pelos cuidados da terapia capilar. Na época, quase não existiam cursos ou formações na área na Capital. Assim, ela começou uma trajetória de estudos sobre a área, com cursos, especializações e treinamentos fora de BH, para então desenvolver sua própria metodologia, que hoje é referência e continua em constante aprimoramento.

De um pequeno espaço em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), até a consolidação do The Jazz, na Capital, Letícia Motta construiu uma carreira. “Hoje eu tenho certeza que escolhi o caminho certo. Minha missão é ajudar pessoas a se reconectarem com sua saúde capilar, sua autoestima e sua potência”, destaca.