Pampulha coloca BH na lista de patrimônios da Unesco

Belo Horizonte, a jovem capital do Estado, fundada em dezembro de 1897, diferentemente das cidades coloniais, teve em um conjunto moderno o motivo do título de Patrimônio Cultural pela Unesco: a Pampulha.
O conjunto, planejado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em parceria com o paisagista Burle Marx, foi reconhecido em 2016. Em 2019, a Unesco concedeu à Capital mais um título: Cidade Criativa da Gastronomia.
De acordo com a diretora de Marketing e Promoção Turística da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Marina Simião, mais do que um marco inicial do modernismo brasileiro, a Pampulha posiciona a cidade como diferente, com um olhar ousado para o futuro.
“É um conceito de cidade criado com raízes muito fortes e um olhar para o futuro. O belo-horizontino tem um senso de raiz muito forte e ao mesmo tempo um olhar para o futuro. Isso se reflete não só na arquitetura, mas é um movimento político-social. Esse reconhecimento da Unesco traz orgulho para o cidadão. Quando falamos de promoção turística da Capital não tem como não falar da Pampulha. É o nosso carro-chefe junto com a gastronomia. Falamos dos dois, juntando o tradicional com o moderno. Belo Horizonte é uma vitrine para o Estado. O desafio é mostrar que o Conjunto é mais que contemplação, entendendo outras oportunidades como a gastronomia e os eventos culturais e esportivos, por exemplo”, avalia Marina Simião.

Para ela, a adesão da Belotur à Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), em 2023, aumentou as oportunidades de colocar a Capital na prateleira das operadoras nacionais. Soma-se a essa iniciativa a revisão do BH Receptiva – programa, lançado em 2021, tem como o objetivo dar apoio à comercialização de Belo Horizonte, consolidando a imagem da cidade como destino turístico junto ao mercado nacional e internacional. A meta é a formação de uma rede sólida de serviços, que garanta a padronização na qualidade, trazendo credibilidade e confiabilidade na operação, prestação de serviços e consumo.
A iniciativa mais visível, porém, são os tradicionais passeios turísticos, no formato city tour e walking tour. O principal objetivo dos roteiros é despertar o interesse e a curiosidade do turista e do cidadão belo-horizontino pelos espaços da cidade, vivenciando experiências pelos diversos territórios da Capital.
“Usamos a Pampulha como o nosso grande cartão de visitas. Ela é um atrativo-âncora. A Belotur não comercializa, mas oportuniza que os prestadores de serviço se capacitem, trabalhando a renovação e inovação que os produtos turísticos precisam. A pandemia fortaleceu outras tendências como o bleisure, por exemplo, que é esticar a estadia de trabalho para o lazer. Belo Horizonte, sempre vista como uma cidade de negócios, é perfeita para isso e a Pampulha é o primeiro, porém não o único atrativo para isso”, completa a diretora de Marketing e promoção Turística da Belotur.
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