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Programa de fidelização recompensa consumidores e marcas

Em 2023, a startup mineira Lecupon dobrou sua base de clientes em comparação com o ano de 2022, alcançando R$ 100 mi em vendas ao longo do período
Programa de fidelização recompensa consumidores e marcas
Crédito: Divulgação Lecupon

Recompensa, segundo o dicionário, é um presente com que se mostra reconhecimento; retribuição, prêmio. E quem não gosta de ser reconhecido e até se sentir um pouco mimado? Na era da competição global por consumidores, desenvolver estratégias que permitam não só o encantamento, mas também a fidelização do cliente conquistado, é fundamental. O setor de loyalty se baseia em recompensar os clientes para gerar relacionamento, recorrência e, por fim, fidelização.

E é apostando na personalização da relação entre marca e consumidor que a Lecupon, especializada em tecnologia para gestão de benefícios corporativos, planeja 2024. Em 2023, a startup mineira dobrou sua base de clientes em comparação com o ano de 2022, alcançando R$ 100 milhões em vendas ao longo do período. Durante o ano, a empresa consolidou receita mensal de R$ 1 milhão. No mesmo intervalo, a Lecupon atendeu mais de 600 empresas por meio de descontos em diversas categorias, como lojas on-line, restaurantes, lojas de departamento e passagens aéreas, além de oferecer cashbacks e até depósitos diretos nas contas bancárias dos usuários, resultando em um total de quase sete milhões de usuários diários. Esse crescimento representa um aumento de 150% no faturamento da Lecupon.

Segundo o CEO da Lecupon, Aluísio Cirino, mais do que a troca de pontos por produtos, descontos, ou serviços, os programas de fidelização devem criar uma relação personalizada entre marca e consumidor. A fidelização surge a partir de uma experiência descomplicada e marcante, gerando mais do que um sentimento de recompensa, mas de pertencimento.

“2023 foi o melhor ano da nossa história. No cenário atual de crise econômica e dinheiro caro, as empresas estão com dificuldade de direcionar investimentos na aquisição de novos clientes. Então é preciso perder menos clientes e fortalecer a recorrência. Os programas de fidelidade são uma boa ferramenta, mas que não resolve tudo sozinha. Ela está atrelada, principalmente, à qualidade da entrega da empresa”, explica Cirino.

Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Mercado de Fidelização (Abemf), atualmente, 65% dos brasileiros preferem realizar compras com marcas que oferecem recompensas, 61% costumam concentrar suas compras nesses estabelecimentos e 72% dão, inclusive, dicas a amigos e parentes sobre marcas e empresas que disponibilizam esse tipo de ação.

Ao mesmo tempo, o levantamento mostra que 19,1% da população não participam de nenhum tipo de programa de fidelidade. Entre os motivos para participar, 53,8% viram a possibilidade de receber benefícios por compras que já fariam de qualquer outra forma; 43,4% viram uma oportunidade de economizar dinheiro (ou fazer o dinheiro render mais); 30,5% viram a oportunidade de realizar um sonho (ao resgatar uma viagem, por exemplo); 16,4% sentem que não participar significaria perder dinheiro; 8,8% gostariam de receber um tratamento diferenciado da marca (melhor experiência de compra e mais benefícios) e 7% gostariam de ter acesso a produtos em primeira mão.

Iniciativas de loyalty já aparecem como muito importantes na decisão de compra. Benefícios (como descontos, cashback, colecionáveis), com 29%, aparece em quarto lugar, atrás de frete grátis (51,4%), qualidade do produto (46,3%) e melhores preços (45,2%). Oferecer um programa de fidelidade aparece em oitavo lugar, com 12,3%.

“O consumidor final é o grande impactado por essa estratégia. O brasileiro tem olhado para os programas de fidelidade com mais atenção. E para as marcas, a grande entrega é o conhecimento sobre o cliente. É a construção de comunidade. A inteligência artificial vai aprofundar muito a análise sobre o comportamento do consumidor”, pontua.

Este ano as pequenas e médias empresas devem marcar o crescimento da Lecupon, fortalecendo parcerias com líderes de mercado por meio de APIs integradas. E, para 2025, a expectativa é começar o processo de internacionalização para a América Latina.

“Uma vantagem nossa é que entregamos programas de fidelidade tão robustos para os grandes como para os pequenos. A nossa solução permite igualdade, democratizando o mercado de benefícios. Para os pequenos negócios fazemos um atendimento mais consultivo. O Brasil tem carência de bons programas de fidelidade. Lá fora existem programas que permitem que os clientes façam o resgate por experiências ‘incompráveis’, como viajar com uma celebridade ou ações de sustentabilidade, por exemplo. Isso é transformar o consumidor em alguém leal”, destaca o CEO da Lecupon.

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