Rede de apoio Allhands planeja expansão e faturamento de R$ 50 milhões até 2028

A comunidade mineira de empreendedores Allhands planeja atingir a marca de mil membros e faturamento de R$ 50 milhões até 2028. A rede de apoio também espera expandir a atuação para outras regiões do Brasil, com foco nos estados fora do eixo Rio-São Paulo, e para os Estados Unidos nos próximos anos.
Atualmente, o ecossistema reúne cerca de 100 empresários mineiros de diferentes segmentos. Juntas, as empresas somam faturamento anual de R$ 10 bilhões. A comunidade espera dobrar o número de participantes até o final do próximo ano e alcançar um faturamento total dos membros de R$ 500 bilhões até 2028.
O CEO e fundador da Allhands, Tiago Patrício, conta que a empresa já está mapeando oportunidades em Florianópolis (SC) para 2026. Outras capitais como Curitiba (PR) e Goiânia (GO) também estão no radar da comunidade. Ele explica que tudo está muito concentrado em São Paulo ou no Rio de Janeiro, a proposta da rede é preencher as lacunas de falta de ambientes para tomada de decisões nos demais estados brasileiros.
“Nós temos muitos outros empresários fora desse eixo que movem a economia nacional. A nossa tese é de ir para outros estados e criar ambientes para que os empresários tenham esse apoio para a tomada de decisões e crescimento de seus negócios”, esclarece.
Além disso, a comunidade fará uma reunião em Boston e em Miami, nos EUA, no primeiro semestre do ano que vem. O objetivo é atender o grupo de empresários brasileiros residentes no País.
A importância de uma rede de apoio para os empresários brasileiros

O empresário afirma que existem poucos exemplos desse modelo de negócios no País atuando de forma profissional. “O que nós temos por aí são pessoas que, às vezes, uma vez por mês, reunem os amigos em uma confraria com mais informalidade”, completa.
O foco da empresa está em empreendedores com negócios e produtos validados no mercado e faturando, que necessitam de ajuda para expandir, escalar e consolidar o negócio. Segundo Patrício uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo empresário brasileiro é encontrar uma rede de apoio que possa ajudar no crescimento do negócio.
O CEO da Allhands cita estudos realizados pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Pequenas e Médias Empresas (Sebrae) e pelo governo federal que apontam para uma expressiva taxa de fechamento de empresas após dois anos de existência. Além disso, o empresário reforça que muitas não passam dos cinco anos de operação, o que demonstra a dificuldade que os empreendedores passam para manter seus negócios funcionando.
“O que vai fazer ele superar essa ‘zona da morte’ entre um e seis anos é a rede de apoio formada por outros empresários que já chegaram lá. Por isso, só entra na Allhands quem tem essas condições”, diz.
O dirigente relata que a comunidade já têm cinco casos de empresários que entraram para o grupo e acabaram investindo em empresas de outros membros e contribuindo para o crescimento delas. Além disso, o ecossistema reúne jovens empresários com 25 a 40 anos de idade, que buscam se consolidar no mercado e manter o negócio perene.
Ouça a rádio de Minas