Ressignificação de negócio faz academia mineira dobrar faturamento e expandir para o País

Desde 2000, a Estúdio Fly, ex-Fly Trainning, trabalha com um público peculiar. Com atuação em um atendimento personalizado e grupos de, no máximo, três pessoas, o negócio do economista Christian Zamprogna acabou fidelizando uma clientela que ele chama de ‘amadurecida’. A ressignificação do negócio da academia, localizada na rua Oscar Trompowsky nº 700, no Gutierrez, região Oeste da Capital, fez a empresa deslanchar. Dobrou o faturamento e já analisa propostas de interessados em abrir franquia em todo o Brasil.

No início das atividades, o público com maturidade não era o foco principal do economista com especialização em treinamento esportivo, que acabou se tornando personal trainner e, desde 2000, empreendedor. A atividade física sempre foi uma paixão, mas foram muitos anos depois de atuar de forma personalizada e com pequenos grupos, que a “ficha caiu”. Ele conta que percebeu que o público maduro carecia de um conceito de academia que não era o convencional. E era exatamente o que ele oferecia.

“Os meus clientes eram aquele público que não queria exibir o corpo, que buscava melhor condicionamento físico, saúde e bem-estar. Não era aquele público de ‘puxar ferro’ e que frequenta as academias que costumo chamar de ‘bat-caverna’”, explicou. Aos poucos, ele percebeu que tinha um nicho, mas que não se posicionava naquele lugar. “Eu tinha um negócio, mas o compreendia de forma equivocada. Eu acreditava que tinha uma academia convencional e eu não tinha”, conta Zamprogna.

O empresário da Estúdio Fly conta que foi percebendo que ele atendia uma parcela de público específico que estruturava um negócio segmentado com grande potencial de crescimento. Sobretudo com a valorização e o aumento do respeito à pessoa idosa, ao aumento do número de pessoas na faixa etária maior e a maior preocupação da atual geração com a saúde, já que viverá mais. “Eu nem costumo dizer que eu foco nos 50+, é algo para o público amadurecido. Eu diria até 40+”, explica Zamprogna.

Ele explica que, hoje, com o negócio moldado, oferece um atendimento diferenciado e um ambiente projetado para auxiliar os clientes que buscam por saúde física e mental. “Acreditamos que as necessidades dos nossos clientes vão muito além da busca pelo aumento de massa muscular e um corpo perfeito”, comenta. Zamprogna conta que até um estudo de terapia holística ele contratou para pesquisar as cores mais satisfatórias para este público.

Além da maior atenção à saúde e ao bem-estar a que se tem visto atualmente, o Estado de Minas Gerais assume um papel relevante no setor de academia, como o DIÁRIO DO COMÉRCIO mostrou em reportagem anterior. De acordo com dados da Cortex, empresa de inteligência de vendas B2B na América Latina, o Estado abriga um total de 3.684 estabelecimentos de atividade física ativos, se consolidando como o segundo maior mercado do Brasil, perdendo apenas para São Paulo.

De olho na ‘saúde’ dos clientes e dos negócios

Após a pandemia, o crescimento da empresa deslanchou ainda mais e, junto com a ressignificação do negócio, o empreendedor viu a empresa dobrar de tamanho. Zamprogna já espera alcançar R$ 1 milhão de faturamento este ano, o dobro em relação ao ano anterior.

Cenário propício para a empresa avançar para uma nova fase: aderir ao franchising. O modelo foi organizado para atender tanto aquelas academias que querem, assim como Zamprogna, ressignificar o negócio ou para profissionais da área que tenham interesse em empreender neste tipo de negócio.

A franquia terá investimento inicial de R$ 340 mil, com faturamento esperado na ordem de R$ 85 mil e margem de lucro de até 30%. O retorno esperado é entre 18 e 24 meses. A empresa já avalia propostas de interessados e possui a expectativa de abrir, no mínimo, 10 unidades franqueadas pelo Brasil em 2024.

A empresa garante ao franqueado:

• Homologação de fornecedores;
• Fortalecimento da marca;
• Divulgação da franquia;
• Treinamento inicial e de reciclagem;
• Apoio na implantação e inauguração;
• Suporte e treinamento contínuo;
• Gestão da rede e manuais de operação.