RHI Magnesita amplia portfólio de refratários e diversifica mercado

A RHI Magnesita, especializada em soluções refratárias para processos de alta temperatura na indústria, está ampliando o portfólio de produtos para a América do Sul. Com a aquisição da P.D. Refractories – operação concretizada em outubro do ano passado – passou a ofertar refratários também para os setores de alumínio, vidro e coqueria. Para ficar mais próximo aos clientes, a RHI Magnesita também está transferindo parte da capacidade produtiva da P.D. Refractories da Europa para as fábricas de Contagem e Coronel Fabriciano.

Conforme o gerente regional de Vendas para Processos Industriais na América do Sul da RHI Magnesita, Arthur Mangualde, a ampliação do portfólio para diversificar os mercados de atuação é importante para o fortalecimento dos negócios. A aquisição da P.D. Refractories veio nessa linha e permitiu o ingresso em mercados novos para a indústria.

“A RHI Magnesita sempre foi muito presente nos mercados siderúrgico e de cimento na América do Sul. Desde que a RHI se juntou com a Magnesita existe uma estratégia corporativa de fortalecer a nossa posição em outros mercados. As aquisições que estão acontecendo vêm muito nessa direção de fortalecer a gente em outros segmentos, entre eles o mercado de alumínio, de vidro e coqueria. A P.D. Refractories foi uma aquisição nessa direção e fortaleceu o nosso portfólio de produtos para atender um mercado que antes não tínhamos produtos específicos”.

Mercado promissor

Ainda conforme Mangualde, um dos mercados mais promissores é o de alumínio. Na América do Sul, são cinco grandes produtores de alumínio primário, sendo três empresas no Brasil, uma na Argentina e uma na Venezuela. Em 2024, a entrega de refratários da RHI Magnesita para as indústrias ficará em torno de 2 mil toneladas.

“Nós próximos três anos, a gente pretende, pelo menos, triplicar essas 2 mil toneladas de refratários. A gente espera agregar mais ou menos 10.000 toneladas de produção aqui no Brasil. São poucos clientes, mas são empresas muito grandes. Então, é necessário um período para ampliar o fornecimento, respeitando os processos de homologação de produtos e de testes de cada uma das empresas”.

Transferência de parte da produção

Com o objetivo de atender os clientes na América do Sul, parte da capacidade de produção da P.D. Refractories da Europa será transferida para as unidades de Contagem e de Coronel Fabriciano. A transferência será importante para reduzir os desafios logísticos, os custos com frete e ter maior segurança de abastecimento. 

“Alguns produtos que hoje são fabricados só na Europa, já estamos trabalhando para trazer para o Brasil. As fábricas são bem modernas, então, em termos de investimento estrutural não houve necessidade. Haverá o mínimo de ajuste nas nossas fábricas”.

Ainda conforme Mangualde, para a transferência de parte da capacidade produtiva, os trabalhos atuais estão voltados para a busca de fornecedores de matéria-prima. Uma parte das matérias-primas, cerca de 40% a 50%, a própria indústria produz em minas locais. 

“Estamos tentando desenvolver os outros 60%, 50% com fornecedores locais para tentar ter essa produção aqui o quanto antes. As vantagens são várias, como reduzir o desafio logístico e fortalecer nossa produção na América do Sul. A produção local é garantia de abastecimento. E claro, queremos ser competitivos, reduzindo custos e preços para os clientes finais”.