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Samarco projeta recuperação de preços de pelotas no longo prazo, diz presidente

O atual cenário de preços de pelotas levou a Vale, maior exportadora global de pelotas, a reduzir sua estimativa de produção de aglomerados para 2025
Samarco projeta recuperação de preços de pelotas no longo prazo, diz presidente
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

A mineradora Samarco, joint venture da Vale com a BHP, vê o mercado global de pelotas “muito pressionado”, principalmente por questões geopolíticas, mas sua visão de longo prazo é de recuperação de preços e ampliação da demanda por produtos de alta qualidade, como os da mineradora, disse o presidente da companhia, Rodrigo Vilela, à Reuters.

“A Samarco acredita nos fundamentos para o uso de pelotas, principalmente no caso específico da Samarco, que produz uma pelota de qualidade, ela é utilizada na sua grande maioria nos reatores para a redução direta”, disse o executivo, nos bastidores da Exposibram.

Segundo ele, o produto da Samarco “casa de maneira espetacular” com a transição energética, já que os fornos de redução direta permitem menos emissões.

O atual cenário de preços de pelotas levou a Vale, maior exportadora global de pelotas, a reduzir sua estimativa de produção de aglomerados para 2025, alegando uma menor demanda por produtos de minério de ferro mais caros e de maior qualidade e um excesso de oferta global de pelotas.

A Samarco produziu 4,1 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro no terceiro trimestre, alta de 64% ante o mesmo período do ano anterior, informou a companhia na véspera.

A companhia alcançou no fim do ano passado 60% de sua capacidade produtiva, com a conclusão da segunda fase de seu processo de retomada de operações iniciado em dezembro de 2020, após cinco anos de paralisação devido ao rompimento mortal de uma de suas barragens.

“A próxima etapa desse processo de reconstrução da empresa será a aprovação e a construção da terceira fase da retomada”, disse Vilela, referindo-se à última fase da retomada da empresa, que prevê alcançar a produção de 100% de sua capacidade, de cerca de 25 milhões de toneladas, em 2028.

O executivo afirmou que o conselho de administração deverá avaliar a aprovação, no fim do ano, do orçamento da terceira fase, que está estimado em R$ 13,8 bilhões.

Quando atingir sua capacidade máxima, a empresa irá recuperar a sua posição de segunda maior exportadora global de pelotas, perdendo apenas para a Vale. Atualmente, a companhia oscila entre a terceira e quarta posições.

(Conteúdo distribuído por Reuters)

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