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Head de Desenvolvimento de Negócios da Shopee fala sobre importância de MG para a marca

Confira a entrevista exclusiva com o head de Desenvolvimento de Negócios da Shopee, Felipe Lima
Head de Desenvolvimento de Negócios da Shopee fala sobre importância de MG para a marca
Crédito: Divulgação / Shopee

Criada, em 2015, em Singapura, e no Brasil, desde 2019, o marketplace global Shopee tem no Brasil um dos seus principais mercados e, em Minas Gerais, o segundo maior território tanto no número de sellers (vendedores) como de consumidores no País.

Foi para falar dessa gigante que se declara “uma empresa brasileira”, que o DIÁRIO DO COMÉRCIO conversou com exclusividade com o head de Desenvolvimento de Negócios da Shopee, Felipe Lima.

Além dos números da companhia, o papo foi, também, sobre os desafios do igualmente gigante Brasil, o compromisso da empresa com o desenvolvimento socioeconômico do País e a sustentabilidade, entre outros assuntos.

Atualmente, a Shopee conta com uma equipe de mais de 10 mil funcionários no Brasil e dois escritórios na cidade de São Paulo. A empresa possui 11 centros de distribuição (CD) e mais de 100 hubs logísticos por todo o País para atender as vendas dos seus mais de 3 milhões de vendedores brasileiros, que hoje são responsáveis por 90% das transações da plataforma.

Em Minas Gerais são 16 hubs e um centro de distribuição em Belo Horizonte. Os dois hubs mais recentes foram inaugurados em agosto de 2023 em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e em Montes Claros, no Norte de Minas.

Os demais ficam nas cidades de Contagem e Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); Divinópolis e Lagoa da Prata, na região Centro-Oeste; Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Varginha, no Sul de Minas; Patos de Minas, no Alto Paranaíba; Sete Lagoas, na região Central; Juiz de Fora e Manhuaçu na Zona da Mata; Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri; e Ipatinga, no Vale do Aço.

Qual a importância de Minas Gerais dentro dos resultados da Shopee no Brasil?

Minas é um estado muito importante, sendo o segundo tanto do lado dos vendedores como dos compradores. Hoje temos um CD na Capital e mais 16 hubs logísticos. Muitos vendedores do Estado são grandes e fazemos o gerenciamento bem de perto. Como um marketplace, conectamos compradores e vendedores. O sucesso do vendedor é crucial para nós. O alinhamento das estratégias e do negócio é fundamental para que isso aconteça. Trabalhamos muito próximos e uma das maneiras é a iniciativa “Shopee na Estrada”. O nosso time vai para as cidades para se aproximar dos vendedores locais. Em junho será a vez de Juiz de Fora e no início do segundo semestre, Belo Horizonte.

Vamos, então, falar de estratégia. O Brasil é um país grande, diverso e desigual. Como oferecer diferenciais para um território tão complexo em um cenário em que a evolução tecnológica nunca foi tão acelerada?

O grande foco da Shopee é o ser humano e tenho orgulho do que conseguimos fazer sobre isso. Temos um time grande voltado para esse relacionamento próximo com os vendedores. Consideramos isso como um dos nossos diferenciais. Muitos deles nem imaginavam que poderiam levar o seu negócio para o Brasil inteiro. Temos algumas ferramentas exclusivas. Uma das que mais ajudam a alavancar as vendas, são as lives. São mais de 100 mil vendedores dentro do aplicativo da Shopee. Eles mostram o produto, comparam, tiram dúvidas ao vivo. É mais uma maneira de aproximar lojista e consumidor. Essa é uma tendência. É uma ferramenta que cresce muito e é muito bem utilizada por boa parte dos nossos vendedores, dos grandes aos pequenos. É um jeito de falar do produto e da história, aproximando as pessoas. Humanizando, qualquer item se torna mais do que apenas um produto. Temos também as campanhas que são muito importantes e bem aproveitadas pelos vendedores. Em junho teremos o 6.6 e em julho uma muito especial: a 7.7, que vai comemorar os quatro anos da Shopee no Brasil.

Um dos maiores desafios da atualidade para empresas de todo o mundo é a atração e retenção de talentos. Isso no Brasil tem contornos ainda mais expressivos, especialmente na área de tecnologia da informação (TI). Quais as estratégias da Shopee para manter o ritmo de crescimento diante desse cenário?

Conseguimos construir um time muito forte no Brasil. Buscamos constantemente talentos para agregar. As empresas são compostas por pessoas e a atitude delas é o que faz o diferencial. E o nosso papel é cuidar delas. Fazemos isso também com a comunidade. A Shopee enxerga a educação como parte de um processo de transformação social. Em setembro de 2023 lançamos o Projeto Shopee Educa, uma iniciativa que visa gerar oportunidades por meio da educação e de noções básicas de empreendedorismo. As primeiras experiências foram realizadas em Simões Filho (BA), Fortaleza (CE) e Recife (PE).

O trabalho de um marketplace é, antes de mais nada, uma gigantesca operação logística. Pensando, mais uma vez, nas dimensões do Brasil e suas particularidades, como enfrentar o desafio de levar produtos de um lado para o outro em um cenário de mudanças climáticas extremas e da urgência de descarbonização da economia do planeta?

Tudo isso é muito desafiador com as opções logísticas que temos no Brasil. Buscamos o tempo todo equilibrar o melhor para o consumidor, o melhor para a plataforma, mantendo o foco em melhorar a vida dos pequenos empreendedores, sem esquecer a responsabilidade socioambiental. Já temos uma parte da frota com automóveis elétricos e um time que cuida da área de logística, outro cuidando da sustentabilidade dentro dos hubs e mais um time de voluntariado plantando árvores. Buscamos a constante melhora na experiência dos compradores e vendedores chegando a mais pontos no Brasil, investindo na expansão da malha logística. Estamos abertos a conversar com os parceiros para ajudar no desenvolvimento do ecossistema de transportes e logística e a descarbonização. O e-commerce e o marketplace em si já são ferramentas que ajudam a melhorar a logística do País, mas ele ainda tem uma representatividade pequena na comparação com o varejo físico.

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