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Somar forças, a saída para MG

Somar forças, a saída para MG

À semelhança de Romeu Zena, também Paulo Brant, o vice-governador eleito em outubro passado, é um neófito em política. Carrega as marcas positivas do Partido Novo, que será em Minas, ao mesmo tempo, vitrine e laboratório, e nenhuma das manchas que ajudam a explicar por que os dois foram eleitos com 7 milhões de votos, equivalentes à preferência de 71% da população mineira. Resultado tão surpreendente quanto inesperado, se tomadas como referência o que apontavam as pesquisas de opinião, este resultado significa também, como assinala o próprio Brant, um grande ativo de credibilidade e igualmente de responsabilidade.


O futuro vice-governador, que seu companheiro de chapa já disse que não será apenas figura decorativa e terá papel relevante na condução da administração estadual a partir de janeiro, foi sem dúvida uma escolha feliz, dizem que avalizada pelo grupo de grandes empresários que dão expressão ao Novo em Minas e, ao mesmo tempo, traduzem a aliança da qual Zema tornou-se a face mais visível. É nesse contexto que ganham força e chamam a atenção recentes declarações do futuro vice-governador em que, depois de alertar para a gravidade e extensão dos problemas que Minas Gerais tem pela frente, afirmou que corrigir os desvios não é tarefa que se possa assumir sozinho.


Bem no seu estilo, ele propõe algo como um pacto suprapartidário, entendendo que seria até irresponsável afirmar que o Novo possa dar conta da tarefa sozinho. E nada que lembre um pacto de conveniência, cimentado pela troca de favores e repetindo o tipo de aliança que levou o País aos desvios e às dificuldades que é preciso superar. Nesse contexto, explica, o Novo tem que se abrir, tem que ser plural para acolher o que chama de “Partido de Minas Gerais”, somando forças, a partir de um propósito maior, sem o que parece distante e ilusório imaginar em condições de enfrentar e vencer suas próprias dificuldades, fazendo desse sucesso seu retorno ao protagonismo nacional.


O futuro vice-governador de Minas Gerais, dono de um currículo, no mundo privado, elogiável e reconhecido, aponta o caminho com simplicidade e uma lógica irrepreensível. Seu convite é, na realidade, uma convocação e não deve ser entendido como restrito ao mundo político-partidário. Todos os mineiros na realidade estão sendo convocados e, nesse contexto, aos empresários mineiros, aglutinados nas entidades que os representam, pode estar reservado um papel decisivo.

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