Startup norte-americana aposta em Minas

Belo Horizonte é a nova aposta da startup norte-americana Grabr, que oferece uma solução para compartilhamento de bagagem. Criada no Vale do Silício em 2015, a empresa chegou ao Brasil no ano passado, expandindo primeiro para São Paulo e Rio de Janeiro. Agora, a startup lança sua ferramenta oficialmente na capital mineira e a expectativa é que essa ampliação gere um incremento de 20% no faturamento da empresa até março de 2019.
A startup surgiu a partir da percepção de dois empreendedores russos, Daria e Artem, que moravam em São Francisco, nos Estados Unidos, e tinham dificuldade de encontrar alguns produtos de seu país. Como esperar um conhecido ir até a Rússia e voltar aos Estados Unidos era muito raro, eles desenvolveram a ideia da Grabr. A solução permite que qualquer pessoa que viaje para outros países compartilhe um espaço em sua bagagem para trazer o produto de interesse de outras pessoas.
De acordo com a embaixadora da Grabr no Brasil, Michele Chahin, Belo Horizonte chamou a atenção da empresa por ser uma cidade com forte vocação nas áreas de inovação e tecnologia. “Sabemos que há muitas startups surgindo na cidade, que tem uma população muito familiarizada com tecnologia. Além disso, notamos um grande movimento de pessoas que viajam de Belo Horizonte para o exterior e vice-versa, o que faz com que a cidade se torne o ecossistema perfeito para o nosso negócio”, afirma.
Segundo ela, a Grabr está presente de forma ativa em 55 países no mundo e tem 800 mil usuários. Desse total, 300 mil são no Brasil, o que mostra o potencial do País para a plataforma. A embaixadora não abre a meta de número de usuários na Capital, mas acredita que a expansão deve gerar um incremento de 20% no faturamento da empresa até março do ano que vem. “Mal lançamos a solução em Belo Horizonte e já temos mais de 10 mil usuários. Estamos muito confiantes em relação ao mercado mineiro”, afirma.
De acordo com Michele Chahin, toda a comunicação entre os usuários que utilizam a solução é feita dentro da plataforma, via aplicativo ou site. O comprador é quem começa a jornada postando o pedido do produto desejado. O viajante, por sua vez, tem acesso a todos os pedidos feitos para a sua rota de viagem e pode escolher aquele que deseja trazer. “Assim que o viajante encontra uma encomenda de seu interesse ele faz uma oferta do serviço de entrega e o comprador pode aceitar ou não”, explica.
Pagamento – De acordo com ela, se a oferta agradar ao comprador ele confirma o pedido e efetua o pagamento via plataforma. O dinheiro só é transferido ao vendedor depois que ele chega ao País e entrega a encomenda. “O viajante precisa comprar o produto com o próprio dinheiro e, ao entregar, o comprador confirma na plataforma. Só então nós liberamos o valor ao viajante. É a forma que encontramos para tornar o processo seguro”, afirma.
De acordo com ela, o comprador paga o valor integral do produto, a oferta pedida pelo viajante e uma taxa de 7% sobre o valor do produto para a startup. Mesmo assim, a embaixadora garante que o formato gera uma economia de 30% a 40% para o comprador, considerando o formato tradicional de importação. A embaixadora faz questão de ressaltar a segurança da plataforma, que funciona a partir de machine learning e bloqueia artigos ilícitos como drogas ou armamento. De acordo com ela, os produtos mais pedidos são os eletrônicos, seguidos por brinquedos de crianças, itens de enxoval e itens de moda como tênis, roupas e maquiagem.
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