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Vale e UFMG lançam livro sobre estudos para o abastecimento de água em cenários de emergência com barragens

Ensaio disponibiliza informações que podem ser utilizadas por profissionais, prefeituras e concessionárias na elaboração de planos para o fornecimento de água em situações extraordinárias
Vale e UFMG lançam livro sobre estudos para o abastecimento de água em cenários de emergência com barragens
Crédito: Divulgação

A Vale, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lança o livro “Ensaios sobre Tratabilidade de Água em Rompimento de Barragem de Mineração”. A publicação reúne a experiência adquirida na elaboração de uma metodologia para o planejamento do abastecimento de água em cenários hipotéticos de emergências com barragens.

“A ideia de tornar pública essa experiência tem duas motivações principais: mostrar a importância da ciência na busca de soluções para questões socioambientais atuais e difundir a metodologia desenvolvida neste trabalho para outros profissionais, prefeituras ou concessionárias que precisem eventualmente enfrentar situações desafiantes de tratabilidade de água. É um trabalho que pode ser replicado para vários cenários para garantir o abastecimento de água mesmo em situações anormais”, explica uma das organizadoras do livro, Roberta Guimarães, gerente de Saneamento da Vale.

Desde 2019, logo após o rompimento da barragem B1, em Brumadinho, a Vale assumiu o compromisso de desenvolver projetos para reforçar o abastecimento público para a população da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em um Termo de Compromisso firmado com a Copasa e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

“Na ocasião do rompimento em Brumadinho, ficou evidente a urgência de se ter um planejamento para garantir o fornecimento emergencial, em caso de algum evento que impactasse a distribuição de água. Percebemos também a necessidade de ações estruturantes que possibilitem estimar quais seriam os possíveis impactos nas captações de água e a necessidade de reforço nas Estações de Tratamento para a eventualidade de episódios como rompimento de barragens”, explica Roberta Guimarães.

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Desde então, a Vale está realizando uma série de obras e intervenções para reforçar o abastecimento, por exemplo, em vilas e favelas, e para usuários essenciais como hospitais, escolas e instituições prisionais. Estão sendo realizadas também intervenções para reforçar o abastecimento em cidades da RMBH, como Raposos, Nova Lima e Sabará. São 79 obras, sendo que 57 já estão finalizadas.

Paralelamente a isso, a Vale desenvolveu metodologias de estudos e projetos para avaliar as condições de tratamento de águas em hipotéticos rompimentos de barragens, buscando soluções tecnicamente viáveis e que possam ser adotadas em diferentes cenários para garantir o fornecimento de água para o consumo humano.

A publicação é uma iniciativa conjunta da Vale e do Grupo de Estudos e Aplicações de Processos de Separação por Membranas (Geaps Membranas), embasado no Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, da Universidade Federal de Minas Gerais (Desa/UFMG). Foi organizada por Roberta Guimarães e pela professora da UFMG, Míriam Cristina Santos Amaral, e publicada pela editora UFMG.

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