Livros e séries que inspiram mulheres na missão de empreender; confira

Muito mais que uma ideia bem estruturada e inovadora, um plano de voo parrudo e sólido, no fundo no fundo, todo empreendedor (a) é movido por exemplos, causas, experiências e propósitos para criar uma solução que seja relevante e que contribua com o mundo. Até mesmo os grandes gênios tiveram grandes inspirações, um deles, Steve Jobs, cujo nome da empresa foi escolhido ao fazer uma visita em uma fazenda de maçãs. Jobs acreditava que o nome “Apple” era divertido, animado e não intimidante. O primeiro logotipo da Apple, por exemplo, retrata o físico e astrônomo, Sir Isaac Newton, sentado sob uma macieira. Pessoas também inspiram negócios, assim como histórias de vida reais.
No caso da Theia, startup de saúde centrada na gestante, que alavanca tecnologia para mudar a forma de nascer no Brasil, fundada por duas mães Paula Crespie Flavia Deutsch Gotfryd, três livros marcam o início do negócio e que as inspira até hoje. Um deles é “Inspired”, de Marty Cagan. A obra retrata muito foco em como pensar o produto de uma forma relevante e que resolve problemas. “Renascimento do Parto”, direção de Eduardo Chauvet e Erica de Paula, é outro que traz uma reflexão sobre a humanização do parto no Brasil, sem deixar de mencionar a realidade médica e obstétrica na condução de cesarianas sem indicação.
Outra recomendação é “Zero toOne”, do autor Peter Thiel, que incentiva a buscar as grandes mudanças no mundo. Fala muito sobre o movimento de criar algo que nunca foi feito – do zero ao um – ao invés de melhorar o que já tem e, por fim, Paula Crespie Flavia Deutsch Gotfrydindicam “Mulheres Invisíveis”, da autora Caroline Criado Perez, que apresenta o dado de como as mulheres foram negligenciadas como público pelos negócios. Com muitos exemplos, a escritora mostra que a saúde foi desenvolvida com homens como pacientes “modelo” e, que isso, não se aplica ao biótipo das mulheres e, por isso, demora mais a ter diagnósticos precisos, tratamentos eficazes etc.
Já Tatyane Luncah, CEO e fundadora da Escola Brasileira de Empreendedorismo (Ebem), mentora de empresárias, embaixadores de dezenas de grupos femininos sugere o filme “Coco Antes de Chanel”, que mostra que, quando criança Gabrielle (Audrey Tautou) é deixada junto com a irmã Adrienne (Marie Gillain) em um orfanato. Ao crescer ela divide seu tempo como cantora de cabaré e costureira, fazendo bainha nos fundos da alfaiataria de uma pequena cidade. Até que ela recebe o apoio de Étienne Balsan (BenoîtPoelvoorde), que passa a ser seu protetor. Recusando-se a ser a esposa de alguém, até mesmo de seu amado Arthur Capel (Alessandro Nivola), ela revoluciona a moda ao passar a se vestir costumeiramente com as roupas de homem, abolindo os espartilhos e adereços exagerados típicos da época.
Já os livros, ela recomenda “Mulheres do Marketing” das renomadas líderes do MarketingTatyane Luncah e Andréia Roma. Para atingir o objetivo principal desta obra, que é proporcionar ao leitor (a) uma aula prática sobre como ser um(a) profissional de marketing de alta performance, traz cases bem-sucedidos, mas também situações que não foram tão positivas, porém servem igualmente de lição sobre o que se deve evitar no dia a dia da carreira. O passo a passo de estratégias que as co-autoras utilizam para obter os resultados que precisam são colocados para que o(a) leitor(a) o utilize assim que colocar mãos à obra. Simples assim? Como tudo na vida, depende também de sua vontade, empenho, resiliência, atenção ao networking, aos relacionamentos. A lista de exigências é extensa e as autoras destacam tudo que for essencial para os profissionais que estão iniciando na carreira, que desejam atualizar-se ou conhecer melhor o marketing na prática.
Outra sugestão é “Meu caminho até a cadeira número”, que conta a trajetória de Rachel Maia, é um convite ao extraordinário. Considerada uma das executivas de maior prestígio do País, conquistar um cargo de diretoria pode ser algo distante para a maioria das pessoas. Imagine, então, quando se é mulher, negra e periférica. Caçula em uma família de sete irmãos, Rachel Maia estudou a vida toda em escola pública e dividia um quarto da casa com todas as irmãs. Respeitada, a executiva conta como construiu uma bem-sucedida carreira em importantes empresas globais, como Tiffany & Co., Pandora e Lacoste. Além de compartilhar com os leitores sua trajetória de vida, formação e convicções sobre o mercado de trabalho, diversidade e autoconfiança.
Mais indicações vem da fundadora da WorkLover, plataforma de educação empreendedora para impacto social, Paula Esteves, empresária, escritora e mentora de negócios. Ela, que é autora do livro “O Código do Empreendedor” – espécie de bússola para os principais desafios do empreendedorismo no Brasil, debruçou-se a escrever a obra após uma carreira consolidada em grandes empresas e consultorias nacionais e internacionais como FGV, Itaú Personnalité e Kroll. Paula Esteves indica a série disponível na Netflix “Girlboss” e Sabedoria dos Livros para o Empreendedor Moderno”. Empreender é uma arte que combina intuição, coragem e conhecimento. A série oferece uma janela fascinante para essa jornada por meio da história de Sophia Amoruso e sua marca Nasty Gal.

Paralelamente, recomenda os livros “O Código do Empreendedor” e “Gestão da Emoção” de Augusto Cury, que proporcionam um alicerce teórico que se entrelaça com a narrativa de Sophia, oferecendo insights valiosos para empreendedores. A trajetória de Sophia em “Girlboss” é um exemplo vivo de diversos princípios discutidos em “O Código do Empreendedor”. O primeiro princípio, a escolha e a criação de um produto único, ressoa claramente na abordagem de Sophia para a Nasty Gal. Ela não só escolheu um nicho distinto, mas também se manteve fiel à sua visão original, mesmo sob pressão, refletindo outro código crucial: a fidelidade à ideia inicial.
A série ilustra vividamente a coragem de Sophia em arriscar tudo e a sua determinação inflexível em alcançar o sucesso, ressoando com o código da coragem mencionado no livro. Sua habilidade em manter o foco e desenvolver uma forte autoconfiança ao longo da jornada é um testemunho do poder do foco e da autoconfiança, mais dois códigos essenciais para o sucesso. Além disso, a resiliência de Sophia, seu combate à vitimização, é exemplificada nos desafios que ela enfrenta e supera. Este aspecto da sua jornada alinha-se perfeitamente com o último código do livro, destacando a importância de se manter resiliente e adaptável diante dos desafios.

Contudo, onde “Girlboss” realmente converge com “Gestão da Emoção” é na representação das lutas emocionais de Sophia. A série mostra que, apesar de seu talento e determinação, frequentemente luta para gerenciar suas emoções. Este é um ponto crucial onde a sabedoria de Augusto Cury em “Gestão da Emoção” se torna aplicável. Cury enfatiza a importância de gerir as emoções no empreendedorismo, argumentando que a emoção é desinteligente, portanto, é impossível controlá-las para tomar decisões mais eficazes; a única forma é geri-las. E neste livro, ele ensina com maestria como fazê-lo.
Portanto, a combinação da série “Girlboss” com os ensinamentos de “O Código do Empreendedor” e “Gestão da Emoção” oferece uma perspectiva abrangente e realista do que significa ser um empreendedor no mundo moderno. Esta integração de entretenimento e educação não só inspira, mas também equipa os empreendedores com as ferramentas necessárias para navegar no mundo complexo e desafiador dos negócios.
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