Vendas de camisas do Atlético em BH disparam

24 de novembro de 2021 às 0h30

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O perfil predominante dos compradores dos produtos licenciados do Galo são homens entre 35 e 40 anos, mas o público feminino vem crescendo ano a ano | Crédito: Arquivo Pessoal / Daniel Francisco

A excelente fase nos gramados – finalista da Copa do Brasil e principal candidato ao título do Campeonato Brasileiro, título este que não vem há 50 anos – faz a alegria não só dos torcedores do Atlético. Vendedores de camisas e outros produtos do time, independentemente das próprias paixões clubísticas, também estão comemorando. O reforço nos estoques para a Black Friday, no fim da semana, e para as vendas de Natal já foi feito.

Na Loja do Galo, do Minas Shopping, na região Nordeste, as filas são constantes. As camisas são os itens preferidos, mas segundo o proprietário, Geraldo de Oliveira Leite, qualquer item que tenha o escudo do Atlético esgota rapidamente: “de mala a copo”, garante o empresário.

O movimento é tanto que não há tempo hábil para a reposição do estoque. As camisas são silkadas dentro da loja e os números mais pedidos são o 7, do atacante Hulk, e o 26, do meia argentino “Nacho” Fernández.

“Já está faltando camisa, o que chega, sai imediatamente. E não apenas elas, todos os outros artigos também. Nunca vendi tanto kit para bebês quanto agora. Sábado passado tinha fila na porta da loja. Vendemos na primeira quinzena de novembro mais do que em todo o fim de ano de 2020”, comemora Leite.

Há 45 anos instalada em um dos pontos mais populares do Hipercentro, na rua dos Caetés, a Loja do Craque está vendendo o triplo de camisas do Galo, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o vendedor Luís Cláudio Teixeira Dias, especialmente as de número 7 e 19, dos atacantes Hulk e Diego Costa, respectivamente.

“As camisas do Atlético sempre saem muito bem, mas nunca como agora. Os outros times mineiros continuam vendendo bem, mas nada comparável ao movimento da torcida atleticana. No início do campeonato, a mais procurada era a do Guilherme Arana (13), agora é Hulk e Diego Costa. Outra coisa que as pessoas gostam muito é personalizar as camisas. Chegamos a zerar o nosso estoque da camisa principal. Essa semana vamos receber uma boa remessa para reforçar o estoque para o fim de ano. É um item que não podemos deixar faltar”, afirma Dias.

E quando a fase é boa, é ótimo pra vender até camisas antigas. Especializado em camisas vintage há sete anos, o site Sports Retrô – sediado em Belo Horizonte – também sofreu uma “invasão” de apaixonados pelo Atlético, sendo obrigado a triplicar a produção.

Segundo um dos sócios do Sport Retrô, Josimar Barros, as camisas preferidas são as usadas na década de 1980, quando o time contava com craques históricos como Reinaldo, Toninho Cerezo e Éder Aleixo. A plataforma só trabalha sob encomenda e pede cerca de 18 dias para entregar o item pedido.

“As vendas do ano passado já foram muito boas, mas este ano conseguimos triplicar o volume de camisas do Atlético vendidas. Quem quer encomendar para o Natal precisa correr porque só trabalhamos por encomenda, não temos estoque. O perfil predominante dos compradores são homens entre 35 e 40 anos, mas o público feminino vem crescendo. Antes vendíamos mais a camisa de 1971, quando o Galo foi campeão brasileiro, agora está saindo mais a década de 1980, época em que jogou o maior ídolo do clube, o Reinaldo, e em que esses compradores eram crianças”, analisa Barros.

A febre por camisas do Galo, porém, começou bem antes. Em setembro, o clube colocou um lote de 10 mil “Mantos a Massa” à venda no site, que se esgotou em 92 horas. A  camisa tem um chip que a torna “viva”. O torcedor pode registar a camisa para participar de ações exclusivas.

O lançamento foi em julho, com uma edição de 100 mil unidades para serem entregues em setembro, gerando no total R$ 22 milhões em receitas para o Galo com os dois lotes.

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