Isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil demorou, mas saiu!

“Foi um golaço do Congresso Nacional” (Ministro Fernando Haddad)
A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, por unanimidade, placar de 493 a zero, projeto de origem governamental que estabelece isenção de imposto de renda para 26,6 milhões de cidadãos brasileiros com salário mensal de até 5 mil reais. Os benefícios se estendem também, com desconto parcial a assalariados que ganham até 7 mil e 300 reais. Empregando simples cálculo aritmético, estima-se que a isenção no caso de rendimento da ordem de 5 mil, possa proporcionar benefício anual próximo dessa cifra. O que pode ser enxergado como 14º salário.
Aguardada com enorme expectativa pela sociedade, a matéria tramitou por sete longos meses nos domínios parlamentares, levantando acaloradas discussões, que se espalharam, obviamente pelas redes sociais e veículos de comunicação. Ficou definido que as compensações tributárias correspondentes à concessão advirão de ônus, um pouco maior, perfeitamente aceitável em termos de justiça social, a ser atribuído a contribuintes com renda superior a 600 mil anuais.
Memorável decisão, projetou com nitidez solar o poder avassalador da vontade política quando direcionada para a solução das magnas questões de interesse coletivo. Num dado momento, as tergiversações e atritos de cunho partidário cederam lugar ao bom senso. Houve saudável convergência no sentido de se formar coalizão de propósitos sintonizados com o sentimento da sociedade.
Por que o acontecido merece ser saudado com entusiasmo? Segue aqui a resposta. A aprovação, sem sequer um único voto contra, constituiu medida em condições de favorecer numerosas camadas da população. Significou um momento de sintonia, sempre desejável, da relevante missão parlamentar com os generosos anseios da gente do povo. Gente do povo essa que, de quatro em quatro anos, comparece ordeiramente e esperançosamente, às cabines de votação cumprindo o sagrado dever democrático de escolher representantes à altura das aspirações cidadãs.
O que esperar, portanto, a partir de agora, aceita a plausibilidade dessa conjugação de vontades, se não a liberação para exame e votação mais rápida de projetos de manifesto interesse nacional que dormitam em gavetas empoeiradas nas Casas do Congresso? A família brasileira espera de seus ilustres representantes que atentem devidamente para esse ponto; que descartem as rusgas e discordâncias, despidas de grandeza e contaminadas por vírus radicais, fixando as atenções, olhares, movimentos, ideias, declarações em objetivos que ajudem o desenvolvimento e o bem-estar da nação brasileira.
Encaminhada ao Senado, a PEC do IR será certeiramente aprovada, subindo logo à sanção presidencial. Batamos palmas!
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