Minas Gerais: onde a mineração impulsiona a inovação

Minas Gerais sempre foi sinônimo de mineração. O nome do Estado, inclusive, vem daí. Mas, hoje, a grande virada está em transformar essa vocação mineral em algo muito maior: uma plataforma de inovação, investimentos e diversificação econômica. O que estamos construindo não é apenas um novo ciclo minerador — é um novo modelo de desenvolvimento.
Participei, recentemente, em Belo Horizonte, do Brazil Lithium & Critical Minerals Summit, organizado pela IN-VR. O evento reuniu investidores, especialistas e empresas do mundo inteiro para discutir o futuro dos minerais estratégicos. Lítio, grafite, silício metálico, terras-raras e outros insumos estão no centro da transição energética global — e Minas Gerais está cada vez mais no centro desse debate.
Desde 2019, sob a liderança da administração Romeu Zema–Mateus Simões, Minas tem se dedicado a modernizar o ambiente de investimentos e atrair novos negócios com alto valor agregado. A Invest Minas, como agência de promoção de investimentos, foi decisiva na atração de mais de R$ 17 bilhões em projetos ligados a minerais críticos, conectando empresas, investidores e território com eficiência e visão de futuro.
E esse movimento vai além da mineração bruta. Estamos falando de plantas que processam o lítio localmente, de empresas que se integram à cadeia global de baterias e veículos elétricos, e de fundos de investimento que já olham para Minas como um polo de tecnologia e capital natural.
A lógica é simples: a mineração pode — e deve — ser o ponto de partida de uma nova trajetória econômica. Não se trata de extrair e exportar minério, mas de usar esses recursos para desenvolver serviços especializados, tecnologias aplicadas e estruturas financeiras que permanecerão mesmo quando o minério se esgotar.
Três pilares sustentam essa visão:
1. Sustentabilidade operacional. Estímulo a processos com menos emissão, menor consumo de água, reaproveitamento de resíduos e uso de energia limpa.
2. Diversificação inteligente. Apoio a projetos que vão além da extração e se conectam a setores como indústria química, materiais avançados e energia.
3. Posicionamento internacional. Segurança jurídica, agilidade no licenciamento e diálogo permanente com investidores tornam Minas cada vez mais competitivo no cenário global.
O Lithium Valley Brazil, projeto em curso no Vale do Jequitinhonha, é o exemplo mais visível desse novo modelo: uma iniciativa que uniu mineração, química, logística e indústria de forma coordenada — e que já é reconhecida como o principal polo de lítio da América Latina. O sucesso do Lithium Valley mostra o caminho: o mesmo pode ser feito com grafite, silício, terras-raras e tantos outros minerais presentes no Estado.
A corrida global por minerais críticos está em curso — e quem souber unir recursos naturais com visão estratégica será protagonista. Minas Gerais entendeu isso. E está agindo.
No fim das contas, a missão não é apenas crescer. É crescer com propósito, com inovação e com visão de longo prazo. É transformar um estado historicamente minerador em referência em tecnologia, serviços e inteligência aplicada.
Ou, como temos dito por aqui: desenvolvimento e diversificação econômica impulsionados pela mineração — e não apesar dela.
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