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Por que Minas Gerais terá eleições gourmet

Tanto Rogério Correa (PT) como Fuad Normam (PSD) querem concorrer a prefeito, mas a chapa vai precisar de uma mulher como vice que consiga fazer frente à Bella Gonçalves (Psol), que deve encabeçar a chapa da coligação
Por que Minas Gerais terá eleições gourmet
Crédito: Antonio Augusto/TSE

Afunilando o prazo para definição das composições que disputarão as eleições municipais, estamos diante das mais inusitadas possibilidades de combinações na cooperação política. Quem já fez café com leite, agora vai fazer de tudo para garantir o voto e conter o adversário e mais prefeituras. 

Em todo o Brasil, as alianças avançam alargadas. PSD e PT estão num relacionamento sério e, de preferência, encabeçado pelo partido do presidente, mas, na capital de Minas, falta um ingrediente – precisa combinar bem gênero e bancada. 

Tanto Rogério Correa (PT) como Fuad Normam (PSD) querem concorrer a prefeito, mas a chapa vai precisar de uma mulher como vice que consiga fazer frente à Bella Gonçalves (Psol), que deve encabeçar a chapa da coligação. Aliados de Fuad consideram a deputada Andreia de Jesus (PT) que além de mulher é negra, da periferia e está cotada também para a prefeitura de Ribeirão das Neves. E, mesmo com aliança já definida com o Psol, e tudo apontando para Bella, Ana Paula (Rede) ainda sustenta a própria pré-candidatura para a capital. 

Ainda é abril e o leite já está fervendo. Na Capital, região metropolitana e algumas cidades do interior, o certo é que a figuração feminina pode ser o fator de maior peso na mistura. Marília Campos (PT) está confirmada em Contagem, onde tem grande aprovação e a deputada federal Dandara Tonantzin (PT) vai descer para o Triângulo para enfrentar a política tradicionalmente fechada com o agro em Uberlândia, competindo com os estaduais Caporezzo (PL) e Leonídio Bouças (PSDB), além do candidato do prefeito, Odelmo Leão, que não vai e deixa uma larga avenida aberta para os demais concorrentes.

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Voltando a Belo Horizonte, a feira é livre e até combinações inimagináveis, como a dobradinha Bruno Engler (PL) e Duda Salabert (PDT), foi citada como “um sonho” pelo deputado estadual Alencar Silveira Júnior (PDT). Em março, uma pesquisa do Big Data (Folha de São Paulo) apontou apenas 21% para o senador Carlos Viana (Podemos) e 15% para Engler (PL). Um desafio e tanto para a cozinha mineira, onde mais mulheres já ocupam espaços políticos e querem pilotar muito mais que o fogão. A feira começou cedo e a pergunta em cada barraquinha é: quem dá mais?

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