As mesmices da política
O Brasil está prestes a passar por um processo eleitoral dos mais difíceis da sua história. As razões são óbvias e não deixam dúvidas quanto aos porquês. É triste e doloroso lembrar que no baralho não existe um coringa capaz de fazer a diferença. Mas o brasileiro vai ter que escolher os seus representantes mesmo sabendo que a grande maioria dos eleitos são verdadeiros oportunistas. Mas, se o eleitor não votar, não vai deixar de eleger os caciques que perpetuam nos cargos públicos gozando de todas as mordomias e seus desleais, desumanos e absurdos “auxílios”. A campanha está sendo desenvolvida passo a passo e, cada um dos já conhecidos pré-candidatos, estão articulando seus discursos e tentando conquistar o seu eleitorado. Todos eles sabem que a jornada desse pleito precisa de um discurso mais consistente. Entretanto, como já está sendo veiculado pelas redes sociais e imprensa, os costumes de ontem continuam os mesmos de antigamente: coligação partidária, troca-troca de partidos, falta de ideologia, e o que é pior, fichas sujas, podres, inconvenientes e desrespeitosos, que não assumem absolutamente nada. Ganham as eleições através de provocações ao adversário, com troca de farpas e acusações levianas. O povo está mais atento, mais intransigente e muito, mas muito preocupado com o amanhã, com o futuro do País. Não é para menos, afinal, falar em futuro é pensar nos nossos filhos, netos, bisnetos e assim por diante. Isso, de certa forma, é o começo de algum tipo de mudança, de postura social, e, por que não dizer, mudança também de uma cultura, que anda um tanto quanto retrógrada, ultrapassada. Vamos esperar para ver. A política tem sua força, embora essa força seja emanada do povo. Aí é que está o grande “feeling” da parafernália. Que todo país precisa de seus governantes isso é fato. Não tem como fugir dessa realidade. Porém, se os governantes, os eleitos pelo povo, cada qual no seu cada qual, trabalharem conforme manda a cartilha, certamente estarão fadados a entrar para a história. Afinal, serão eles os responsáveis por acenderem a luz da esperança de um país completamente desamparado e sem nenhuma perspectiva de qualidade de vida. É a força da política tentando retomar o seu lugar e o seu prestígio no cenário nacional. Enquanto os pré-candidatos têm esse grande desafio pela frente, o povo brasileiro segue o seu fluxo desconfiado e indignado com a classe. Motivos são mostrados todos os dias na imprensa. Palavras são palavras, nada mais que palavras. Propostas também não deixam de ser palavras, nada mais que palavras. Mas…, alguma coisa tem que ser dita, tem que ser honrada. É nesse patamar que vive a esperança do povo. O voto e o povo, o povo e o voto. Quem vai vencer essa Copa do Brasil/2018? De um lado está um grupo partidário visto pela sociedade como grupos que se unem para saquear os cofres públicos, dentro das leis que eles mesmos elaboram e sancionam, na maior cara de pau. Por outro lado, o povo que sabe da responsabilidade que tem e que pode continuar tendo como sina o título de burro, por não saber votar. Ou seja, em outras palavras retorna aquele velho ditado: ”Cada povo tem o governo que merece”. E daí? Historiadores acreditam que estamos passando por “provações”, onde os interesses pessoais são o grande desabafo dos incompetentes. Bom, espero não ter deixado o dito pelo não dito, mas…, que fique um alerta à espera de alguma atitude digna de reflexão. * Economista, jornalista e servidor público
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