A Liderança Shakti e o novo rumo dos negócios
O modelo de gestão baseado puramente em comando e controle está em colapso. Em um cenário de incertezas globais e crises de saúde mental, o mercado busca algo que as métricas tradicionais não alcançam: a Liderança Shakti. O conceito, difundido por Nilima Bhat e Raj Sisodia, é um dos pilares do Capitalismo Consciente, movimento que propõe que os negócios devem existir para elevar a humanidade, indo além da simples geração de lucro para acionistas.
Longe de ser uma pauta de gênero, a Liderança Shakti trata de arquétipos. Enquanto a energia masculina foca a estrutura e metas, a feminina – o “Shakti” – traz a empatia, a intuição e a colaboração. O Capitalismo Consciente nos ensina que empresas que equilibram essas forças geram mais valor para todos os seus stakeholders. Não se trata mais de ser apenas um “executor”, mas de ser um “curador” da cultura e do propósito da organização.
Essa mudança é acelerada pela chegada das novas gerações ao topo da pirâmide corporativa. Os líderes do futuro (Millennials e Gen Z) já não se sentem atraídos por hierarquias rígidas ou pelo sucesso a qualquer custo. Eles buscam segurança psicológica e autenticidade. Para esses jovens, o êxito está intrinsecamente ligado à capacidade de a empresa operar com consciência, ética e impacto social real. O líder do amanhã é aquele que serve, em vez de ser apenas servido.
O gestor que o futuro exige é o que entende que a vulnerabilidade não é fraqueza, mas o caminho para a inovação. Ao abraçar os princípios Shakti sob o guarda-chuva do Capitalismo Consciente, as empresas tornam-se organismos vivos e antifrágeis. Elas deixam de apenas “vencer a concorrência” para focar em servir ao mundo e curar as relações dentro do ambiente de trabalho.
No futuro, o diferencial competitivo não será apenas o domínio das novas tecnologias, mas a profundidade da conexão humana. O futuro é consciente, integrado e, sem dúvida, é Shakti.
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