O Instituto Internacional da Língua Portuguesa e as políticas de promoção do idioma
Anunciada em novembro de 1989, no Primeiro Encontro de Chefes de Estado e de Governo dos Países de Língua Portuguesa, em São Luís do Maranhão, a criação do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) foi um marco fundamental nas políticas de promoção do idioma de Camões e de Drummond. Sediado na Cidade da Praia, em Cabo Verde, África, é atualmente dirigido pelo excelente João Neves e promove diversas atividades para fortalecer a língua e ampliar o seu prestígio. A maioria dos projetos está vinculada à Literatura e à Leitura, elementos fundamentais para o trabalho cultural, sobretudo junto às novas gerações. Integrado à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o IILP também incentiva importantes reflexões e estudos sobre o Português, defendendo o seu espaço e procurando alargá-lo.
Foi justamente na sede do Instituto que tive a alegria de lançar, em 25 de outubro, o livro “Nos vinte e cinco anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – estudos em homenagem a José Aparecido de Oliveira e Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza” (editado pela Del Rey), que organizei junto com o Embaixador Lauro Moreira. O volume reúne textos de autores provenientes dos países que integram a CPLP e faz um balanço das primeiras décadas de sua existência, celebrando os acertos, avaliando rumos e refazendo as perguntas cruciais para o futuro da instituição. Entre os ensaístas, indispensável citar os mineiros Ângelo Oswaldo de Araújo Santos e Caio César Boschi, membros da Academia Mineira de Letras (AML) e testemunhas privilegiadas do surgimento e da evolução da CPLP.
Na sessão de lançamento, dialoguei com a escritora Vera Duarte Pina sobre aspectos da Literatura contemporânea, tanto do Brasil, quanto de Cabo Verde, enfatizando a necessidade de divulgar melhor, em todos os cantos, as obras literárias produzidas no âmbito da Lusofonia.
Presente ao evento, a diretora do Instituto Guimarães Rosa em Cabo Verde, Marilene Pereira, me deu a conhecer o riquíssimo programa de popularização dos escritores do Brasil que o Instituto desenvolve entre os cabos verdianos. Conheci os belos “passaportes literários”, distribuídos gratuitamente, e que reúnem informações sobre a trajetória de nomes como Machado de Assis, Lima Barreto, Mário de Andrade, e, para minha particular satisfação, também da nossa querida Conceição Evaristo.
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