João Batista Melo é o novo membro da Academia Mineira de Letras
Eleito na sucessão do saudoso Benito Barreto, João Batista Melo ocupará a cadeira de número 2 da Academia Mineira de Letras, que também já pertenceu a nomes como José Oswaldo de Araújo e Soares da Cunha. Sua posse está prevista para o dia 29 de agosto. O discurso de recepção ficará a cargo de Luís Giffoni. O distintivo será entregue por Antenor Pimenta. Terei a alegria de entregar o diploma ao novo confrade, que enfrentou 15 concorrentes e obteve 32 votos.
Nascido em Belo Horizonte, em 1960, João Batista formou-se em Comunicação Social pela UFMG. No final dos anos 70, foi um dos integrantes do movimento responsável pelo ressurgimento do Centro de Estudos Cinematográficos, o mítico CEC. Na literatura, é um dos expoentes da chamada “Geração 90”. Sua estreia se deu em 91, com a publicação de “O inventor de estrelas”, coletânea de contos, ganhador do Prêmio Minas de Cultura Guimarães Rosa. Em 95, lançou “As baleias do Saguenay”, que mereceu o Prêmio Cidade de Belo Horizonte e o Prêmio Paraná de Cultura. Três anos mais tarde foi a vez de “Um pouco mais de swing”, vencedor do Prêmio da Biblioteca Nacional. Também de 98 é “Patagônia”, que emplacou o Prêmio Cruz e Sousa de Romance, atribuído pela Fundação Catarinense de Cultura.
O livro será relançado agora em julho, pela Editora Faria e Silva. Fruto de seu mestrado em Cinema na Universidade de Campinas (Unicamp), “Lanterna mágica: infância e cinema” foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2012. De 2014, “Malditas fronteiras” ganhou o Prêmio Cidade de Belo Horizonte e foi finalista do Prêmio Benvirá de Literatura.
Em 2024, também pela Faria e Silva, João Batista publicou “O veludo das lagartas verdes”, em que conta a história de Antônio, habitante do pequeno vilarejo de Curva do Alto. O protagonista decide viajar a Belo Horizonte para procurar o filho único. Ao chegar à capital mineira, ele logo se depara com uma cidade hostil, em acelerado processo de transformação. A antiga pensão em que tinha esperança de encontrar Estêvão está prestes a ser demolida. Em sua jornada para achá-lo, o pai enfrentará dilemas e contrariedades.
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Autor de obra consistente e já consolidada, reconhecida nacionalmente, João Batista Melo certamente enriquecerá, com a sua chegada, o quadro de membros da Casa de Alphonsus de Guimaraens, que comprova, mais uma vez, seu compromisso em prestigiar o que há de mais qualificado na vida literária do estado.
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