Viver em Voz Alta

Livro ‘A noite dos mascarados’ ganha nova edição 40 anos depois

Obra conta com belas ilustrações de Rubem Filho e preparação de texto feita por Leonardo Mordente

Acabo de receber, nesse exato instante, as provas de “A noite dos mascarados”, livro que lancei em 1983 e que volta a circular agora – para celebrar os 40 de sua edição original. Com as belas ilustrações de Rubem Filho e a competente preparação de texto feita por Leonardo Mordente, a história do Inspetor França e de Olívia, Clara e Rodrigo reaparece para homenagear meus pais, Diana e Expedito (meus principais incentivadores); para repartir com meus filhos, Carlos e Gabriela, a alegria que a literatura me proporciona, e para presentear o menino que fui (e que, em grande medida, continuo sendo).

Na orelha, também destaco a influência que sobre a minha escrita exerceram autores como Lúcia Machado de Almeida, João Carlos Marinho e Luiz de Santiago, cujas obras eram sucesso absoluto em finais dos anos 70 e no começo da década de 80, num mundo que ainda não conhecia os celulares e a internet e muito menos os jogos digitais. Será curioso acompanhar a recepção da história pelas crianças de hoje. Por isso mesmo é que já estou programando a chegada de “A noite dos mascarados” a várias escolas.

Quero apresentá-la em conversas com alunos do sexto ano, todos entre 10 e 12 anos. A ideia é que as turmas leiam previamente o livro e, depois disso, debatam o enredo comigo, em atividade especialmente destinada a promover a estima e o amor pela leitura. O circuito será composto por algumas cidades de Minas e de outros estados, na intenção de levar a mensagem a favor das letras ao maior número possível de jovens. Não tenho qualquer dúvida a respeito do poder dos livros e do quanto eles podem melhorar a qualidade de vida da gente. E a nossa capacidade de pensar, refletir e olhar para o mundo de modo mais inteligente, mais crítico e mais ativo.

Se, por um lado, é importante prestigiar a leitura, também acho essencial estimular a escrita. Todo mundo pode escrever. Sobre o que quiser. Do jeito que for. Sem obrigação ou compromisso. Sem qualquer exigência ou busca de padrão. Com liberdade e prazer. Escrever é exercício útil para ordenar o raciocínio, para entender emoções e humores, e até para resolver problemas. E isso é hábito e prática que se desenvolve nos anos de formação, nos bancos escolares, no momento em que a mente está mais aberta, menos preconceituosa, menos aferrada a conceitos cristalizados e limitadores.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Que “A noite dos mascarados” possa, quatro décadas depois de seu surgimento, animar as meninas e os meninos da atual geração a se reencontrarem com as delícias que são o ler e o escrever…

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