Por que ler Eça de Queirós hoje?
Em parceria com o Centro de Estudos Luso-afro-brasileiros da PUC Minas, o CesPUC, a Academia Mineira de Letras (AML) organizou o curso “Por que ler Eça de Queirós hoje?”, a propósito dos 180 anos de nascimento do autor português. A primeira sessão – aberta ao público e com entrada franca – será nesta sexta-feira, 23 de maio, na sede da Casa de Alphonsus de Guimaraens, à rua da Bahia, às 19h30, e contará com a presença do Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos. A conferência inaugural será proferida pelo professor Sérgio Nazar, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), membro do Conselho Curador da Fundação Eça de Queirós, em Portugal, e um dos maiores especialistas na obra do escritor. Ele falará sobre o romance “Os Maias”.
Nas seis semanas seguintes, será a vez das aulas virtuais, dedicadas ao exame da literatura de Eça, sempre às segundas feiras, às 19h30: Virgílio Coelho falará sobre “A ilustre casa de Ramires”; Audemaro Taranto Goulart lecionará sobre “A Relíquia”; Giuliano Lellis Ito abordará “O crime do Padre Amaro”; “A cidade e as serras” será analisada por Marcus Vinícius Freitas; “Alves & Cia” ficará a cargo de Filipe Senos Ferreira, e “O Primo Basílio” será o tema da aula de Vera Lopes. As inscrições para o curso (que é gratuito) ainda estão abertas e podem ser feitas pelo site da AML na internet.
Nascido na Póvoa do Varzim, filho de pai nascido no Rio de Janeiro e mãe portuguesa, Eça exerceu a advocacia e o jornalismo. Foi diretor de vários periódicos e chegou a fundar a “Revista de Portugal”. Mais tarde, ingressou na carreira diplomática, tendo servido em Cuba, na França e no Reino Unido, onde morou em Newcastle e em Bristol. Aos 40 anos, casou-se com Emília de Castro e teve quatro filhos. Morreu em Paris, em agosto de 1900. Desde 8 de janeiro de 2025, seus restos mortais estão no Panteão Nacional, em Lisboa. É considerado, ao lado de Machado de Assis, um dos mais importantes prosadores em língua portuguesa do século XIX.
Leitor voraz, meu pai adorava Eça de Queirós. Gostava especialmente de “A ilustre casa de Ramires”. Nunca esquecerei o prazer com que se referia aos livros do autor, que fez imenso sucesso no Brasil durante boa parte do século XX, chegando a gerar até a formação de várias sociedades dedicadas à leitura de seus romances e ao culto de seu legado. Que as novas gerações também possam ter acesso a esse patrimônio cultural do nosso idioma!
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