Sábados de manhã trazem programação intensa nas livrarias de Belo Horizonte
Quem é de fora de Belo Horizonte sempre se impressiona com o vigor da cena literária da Capital. Uma das melhores provas dessa força é o intenso movimento nas livrarias de rua da cidade, sobretudo nos sábados pela manhã, quando elas se transformam em verdadeiros pontos de encontro entre amigos e amantes da Literatura. Só na Savassi estão a Livraria da Rua, a Scriptum, a Jenipapo e a Quixote. Pois é justamente nesta última que lanço neste sábado, sábado, 5 de julho, o livro que organizei em homenagem ao escritor paranaense Dalton Trevisan: “Os elefantes viriam pela manhã” (Autêntica, 144 páginas).
Se você gosta da boa prosa brasileira contemporânea, então vá se encontrar conosco lá. Entre 11 horas e uma da tarde, o escritor Carlos Marcelo e eu conversaremos sobre o livro e sobre o legado daltoniano e autografaremos os exemplares adquiridos pelo público. Mais uma vez, celebraremos e festejaremos a beleza que a leitura e os livros promovem em nossas vidas, ampliando nossos horizontes, alargando nossas perspectivas, tornando nossa existência melhor e mais refinada.
Com edição de Rejane Dias e Schneider Carpeggiani, “Os elefantes viriam pela manhã” é volume que reúne treze contos em diálogo com a obra do “vampiro de Curitiba”. Seus autores são de várias regiões do país, de distintas trajetórias e estilos. Todos, generosamente, aceitaram o desafio de compor ficções inspiradas no universo de Dalton. O resultado superou as minhas expectativas. O livro está instigante. Lançado em São Paulo e também em Curitiba, ele tem despertado vivo interesse dos leitores do mestre do conto e fascinado os seus fãs.
Famoso pelo rigor, pelo perfeccionismo, pelo obsessivo ato de reescrever e emendar seus próprios textos, Dalton também ficou conhecido pela mania de “enxugar”, ao máximo, suas histórias, na busca pelo máximo de significado e de sentido na forma mais condensada possível.
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Entre os contistas convidados para escrever no livro, estão: Noemi Jaffe, João Anzanello Carrascoza, Adelaide Ivánova, Verônica Stigger, Cristhiano Aguiar, Carlos Marcelo, Ana Elisa Ribeiro, Caetano Galindo, Rogério Pereira, Luci Collin, Luís Henrique Pellanda, Mateus Baldi e Marcelino Freire – todos imensamente talentosos e afiados na arte da escrita. Todos reverenciando um dos melhores do século XX, cuja memória, agora, cabe a todos nós preservar. Viva Dalton Trevisan!
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