Opinião

EDITORIAL | Bons sinais a destacar

EDITORIAL | Bons sinais a destacar
Crédito: Marcos Santos/USP Imagens

Fontes do governo federal, estudiosos e alguns representantes do setor privado aparentemente não erraram quando previram, para a segunda metade do ano, resultados melhores, indicativos de uma reação que tende a se ampliar no próximo ano. A confirmação, que por cautela deve ser tomada, ainda, em termos relativos, vem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos números relativos ao desempenho do comércio no mês de setembro, que, no geral, apresentou alta de 1,3%, considerado igual período do ano passado e, para os 9 meses de 2019, chegou a 2,4%, fechando cinco meses de altas consecutivas.

Comércio mais ativo, indicando alguma recuperação de emprego e renda, e mais negócios também nas vendas externas, criam perspectivas mais otimistas e as pesquisas relativas aos humores do setor empresarial igualmente apontam nessa direção. Persistem temores quanto aos riscos – e consequências – da polarização e da instabilidade política, terreno ainda nebuloso. O bom desempenho do comércio tem reflexos diretos nas encomendas à indústria, onde os sinais também são positivos, com destaque para a expansão da demanda de papelão e embalagens, além dos bons negócios no setor de material de transporte de cargas.

Especialistas do IBGE, estudiosos atentos e absolutamente confiáveis, destacam o crescimento geral de 1,6% no terceiro trimestre e chamam atenção para o fato de que no mês de setembro todos os principais segmentos apresentaram resultados positivos, a saber: eletrodomésticos 5,2%; tecidos, vestuário e calçados 3,3%; artigos de uso pessoal 1,8%; combustíveis 1,2%; veículos 1,2%; e material de construção 1,5%. Na compreensão do impulso anotado reforça-se o aumento da oferta e demanda de crédito pessoal, num contexto de redução de custos.

Considerado o longo ciclo de baixa nas atividades econômicas que o País enfrentou, os resultados apresentados pelo IBGE têm valor, principalmente, porque podem estar assinalando a consolidação, embora ainda lenta, do processo de recuperação. E apostar nessa direção, contando para isso também com um clima mais favorável na política, é para a maioria dos brasileiros um exercício fundamental. E de extrema urgência, não custa nada destacar.

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