Como fazer a diferença
Continuados desvios no campo da política e da gestão pública no País produziram enorme vazio, além de, para a maioria, talvez um estado de apatia e indiferença, de afastamento com relação à coisa pública. Um terreno contaminado, insalubre, do qual seria conveniente manter prudente distância. Para o País, e sem que sobre este ponto possam existir dúvidas, o pior dos males, até porque a baixa qualidade observável de qualquer ponto de vista tem a ver – e não é pouco – precisamente com a indiferença que abre espaços aos oportunistas das mais variadas espécies e que não raro deixam no ar a impressão de que não há como resistir. Cabe refletir, caberá sim reagir para afinal transformar, bem longe do cômodo sentimento de que culpados serão sempre os outros, exclusão talvez tão conveniente quando simplista.
Cabe, afinal, entender simplesmente que como indivíduos e cidadãos prosseguimos detentores do poder de escolha, representado e traduzido nos votos que em pouco menos de um ano estarão sendo recolhidos, podendo tanto confirmar equívocos quanto confirmar mudanças num plano mais elevado, indutoras das transformações tão ansiosamente reclamadas por muitos e muitos brasileiros. E caberia lembrar em socorro dessa ideia, as eleições de 2026 não serão, necessariamente, mera reprodução da polarização, que, por suposto, reduziria as possibilidades de escolha à direita ou à esquerda e sem considerar um terceiro bloco, daqueles que se declaram independentes, capazes de fazer toda a diferença no resultado final. Ou, melhor, para levar a decisões mais racionais e menos emocionais. Trata-se, afinal, de criar condições objetivas para que o Brasil possa pensar o seu futuro, com planejamento a partir de políticas de Estado não apenas de governos, de desenvolvimento sustentado que promova um cenário de prosperidade real e avanços coletivos continuados.
Trata-se de entender onde estamos e em que direção desejamos caminhar, com propósitos bem definidos e ambições que efetivamente possam ser contidas na expressão exclusiva da vontade da maioria. E devolver à política o sentido do bem comum, tudo começando precisamente pelas escolhas que serão feitas no momento de votar e como melhor expressão de sentimentos em que não pode mais poderá existir qualquer espaço para a leviandade.
Eis o quanto basta para que, compreendida a importância do momento que todos estaremos vivendo – a importância e o poder do individuo -, tenham início as transformações que de fato possam fazer diferença, possam devolver aos brasileiros simplesmente a certeza de que o futuro será melhor.
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