Opinião

Vez do leitor

“Comungar de seu desabafo, é também uma forma de alento.” (Jair Barbosa da Costa, escritor)
O espaço do comentário é ocupado hoje por manifestações dos leitores. Confesso que, independentemente do teor desses registros, sem preocupação, por conseguinte, com a hipótese de que os conceitos expendidos possam se colocar, eventualmente, em desacordo com as ideias alinhadas nos textos de minha autoria, apraz-me muitíssimo divulgá-las. Saber-se escutado é gratificante para qualquer escriba. l Com a palavra, agora, Jair Barbosa da Costa: “Nesta ‘Contundente distribuição de renda, Vanucci, você explode um pouco da revolta acumulada pela injustiça social imposta pelo governo, reinante nesta Aldeia. Comungar de seu desabafo é também uma forma de alento. Em “Momento brasileiro reclama reflexão”, pode-se afirmar, nobre escriba, que sempre reclamou. Nos últimos tempos, porém, os laboratórios da mídia, incansáveis no aprimoramento do processo de neutralização da mente coletiva (pavloviano), jamais relaxaram ou virão a relaxar a guarda, a fim de manter as massas sempre ignaras (futebolizadas e novelizadas), por isso, impotentes diante dos donos do mundo. O retorno da seleção brasileira à aldeia de origem, antes da hora – prêmio quase inusitado à nação luso-aborígene – pode, sim, ser traduzido como um momento propício à reflexão desejada pelo autor.” l A professora Regina Bessa enviou-me esta mensagem: “A respeito de seu texto sobre a oração ‘Sinto muito, muito mesmo, (DC, 8.5), lembro a oportuna reflexão de Olga Benário, mulher de Prestes, quando, na prisão, cuidava de sua filhinha ao mesmo tempo em que via encurtar-se seu tempo em direção ao sacrifício. Em carta a ele, ela escreveu que “os melhores sentimentos humanos são comuns a todos os povos da terra”. Quando tomamos essa frase para contextualizar a expressão do Sagrado, é fácil constatar que, independentemente das crenças, o louvor, a gratidão e o exato sentido da bondade são os mesmos. Estamos precisando resgatar essas reflexões para iluminar o cotidiano árido que nos está sendo imposto em nosso País e mesmo no mundo todo”. l Zaíra Melillo Martins anota: “É alarmante a sua opinião sobre a mortandade nos hospitais (DC 30.6), com base em fatos reais. E as crianças, Vanucci? É estarrecedor ver o sofrimento de tantas crianças no mundo inteiro. Para ser franca, é o que mais me afeta…” l Djanira Pio escreve: “Gostei que o Brasil não levasse o prêmio no futebol (DC, 3.7). Fiquei com a esperança de que os políticos e o povo fiquem focados em outras prioridades. O futebol não pode ser o ópio do povo. Quanto a política, estamos em um péssimo momento, longo momento. Parece que não tem saída. O mau de tudo está nos políticos, com suas regras e manipulações. Enquanto o voto for obrigatório não haverá solução”. l Danilo Carlos Gomes reporta-se aos artigos “A erupção das falsas notícias” e “Mais um bocado de indagações instigantes”: “Abraço do Danilo Gomes, que não mora na Ilha da Fantasia (como, erroneamente, disse o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, fora da realidade), mas numa cidade (fundada por JK, membro da Amilmig), Brasília, onde observamos o clamor desesperado dos demagogos falastrões e corruptos rumo à prisão. A lei é para todos e pau que dá em Chico dá em Francisco. Se o dr. Janot quer arremessar flecha, tem bambu para todos os corruptos. Não que eu concorde com todas as flechadas do dr. Janot, mineiro de BH. O Brasil não é um fazendão onde manda o Coroné, semideus acima da lei. “L État cest moi.” ( Louis XIV) é coisa do passado. Aqui o Estado é a Constituição Federal, é a lei para todos os cidadãos. Aqui é República, o Estado Democrático de Direito. Aqui não é Cuba, nem Venezuela, digo eu, brasileiro, eleitor, democrata, 75 anos, avô. Abaixo o foro privilegiado! Desculpe-me o desabafo. O nosso Brasil vive uma crise braba. Mas vamos sair dela, com a graça de Deus. A corda ideológica está muito esticada, como pouco antes de 1964, filme horrível que já vimos. É cumprir a lei, sob o pálio da Constituição Federal, senão isto aqui, doutor, vira uma Casa de Mãe Joana, vira uma Venezuela, volto a dizer. Abraço democrático e cívico do seu velho admirador e confrade Danilo Gomes”. * Jornalista ([email protected])

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