‘Ainda não tenho nome para presidir BC’, diz Lula

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (16) que ainda não tem um nome para indicar à presidência do Banco Central, ressaltando que não há um momento definido para a escolha.
Em entrevista à Record TV, Lula disse que “tem muita gente boa” que poderia substituir o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem mandato até dezembro. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será consultado sobre o assunto.
“Vou escolher a pessoa na hora certa, na hora que tiver o nome correto vou chamar Haddad e vamos debater. Não tem tempo certo, não tem nome certo, tem muita gente boa”, disse.
Na entrevista, o presidente afirmou saber da responsabilidade do presidente do BC e enfatizou que o governo, por meio do Conselho Monetário Nacional, optou por manter a meta de inflação em 3%.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O presidente destacou dados positivos de inflação e outros indicadores econômicos antes de afirmar que “a única coisa que não está controlada no Brasil é a taxa de juros”.
A sucessão ao comando da autoridade monetária é acompanhada de perto por agentes de mercado já que são recorrentes as críticas de Lula a Campos Neto, ao próprio BC e ao modelo de autonomia operacional da autarquia.
A partir de 2025, o governo contará com maioria de indicados no Comitê de Política Monetária, responsável pela definição da taxa básica de juros no país, atualmente em 10,50% ao ano.
Para Lula, Trump vai tentar tirar proveito de atentado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, em uma entrevista ao canal de TV Record, que o ex-presidente norte-americano Donald Trump possivelmente tentará tirar proveito eleitoral do atentado que sofreu no último sábado.

“Eu não sei quais foram as respostas que os democratas deram, não sei quais foram as respostas que os políticos deram. Eu, sinceramente, acho que o Trump vai tentar tirar proveito disso. Aquela foto dele com o braço erguido, aquilo se fosse encomendado não saía melhor”, disse o presidente.
“Mas de qualquer forma ele vai explorar isso, e cabe aos democratas encontrarem um jeito de não permitir que isso seja a razão pela qual ele possa ter votos”, completou.
Lula voltou a condenar o atentado, em que Trump foi atingido na orelha direita de raspão durante um comício na Pensilvânia. Segundo ele, é abominável qualquer tipo de violência.
“E não só com o presidente Trump, é a morte de um prefeito de uma cidadezinha do interior, é a morte de um vereador numa cidadezinha do interior. É preciso que a gente volte a ter tolerância”, disse. “O que temos hoje é a derrota do argumento. O argumento vale muito pouco. O que vale hoje é a mentira, o que vale hoje é a fake news.“
Ouça a rádio de Minas