Política

Ajuste fiscal não será ‘serra elétrica’ em gastos, diz Padilha

Plano para corte de gastos deve ser divulgado nos próximos dias pelo Governo Lula
Ajuste fiscal não será ‘serra elétrica’ em gastos, diz Padilha
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rio de Janeiro – O ajuste fiscal que deve ser anunciado nos próximos dias pelo governo federal não será uma “serra elétrica” nos gastos, disse nesta sexta-feira (15) o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“O Brasil já tem um marco fiscal, está crescendo mais de 3%, tem inflação sob controle e está gerando emprego. Toda árvore que cresce tem que ser podada para ter frutos mais fortes, melhores”, disse Padilha a jornalistas em evento do G20, no Rio de Janeiro.

“Toda árvore que cresce precisa ser podada, mas sem serra elétrica. Vai podar de forma organizada”, disse Padilha. Questionado se o corte de gastos será radical, o ministro respondeu que “Não…Vai ser aquilo que um bom podador faz. Será uma coisa bem feita e não como em outros momentos quando se usava uma serra elétrica e cortavam tudo e perdíamos o trabalho de crescimento, da redução da desigualdade e da geração de emprego”, afirmou Padilha.

Nos últimos dias, a área econômica do governo tem se reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com representantes dos ministérios para discutir o corte de gastos. O governo faz esforço para atingir a meta de déficit zero em 2024.

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Padilha reforçou que bases econômicas do atual governo como crescimento, emprego e renda serão garantidas. “Com certeza isso vai ser preservado”, afirmou.

Explosões

Padilha também comentou nesta sexta-feira as explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília na noite de quarta-feira. Segundo ele, discursos de ódio e extremismos políticos podem estar fomentando esse tipo de radicalismo.

Para Padilha, foi um ataque à democracia e que “fragilizou” a ideia de anistia aos participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Esse crime gravíssimo reacende o que aconteceu em 8 de Janeiro…Não queremos estímulos ao ódio e à intolerância. O ato tem impacto político, sim, e faz relembrar 8 de janeiro e torna mais difícil a situação daqueles que ainda defendem passar pano para os que atuaram em 8 de janeiro”, disse o ministro.

Reportagem distribuída pela Reuters

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