Política

ALMG aprova mudanças no uso de recursos

PLC permite que as prefeituras utilizem o dinheiro proveniente de repasses do Estado que sobraram de anos anteriores
ALMG aprova mudanças no uso de recursos
Projeto foi votado em segundo turno em reunião extraordinária da Assembleia realizada ontem | Crédito: Guilherme Dardanhan / ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou ontem, em segundo turno, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 18/23, que vai flexibilizar, por parte das prefeituras, o uso de recursos carimbados para a Saúde

A proposição, aprovada na forma de um novo texto (substitutivo nº 1) ao vencido (texto aprovado no 1º turno com alterações), dispõe sobre a transposição e transferência de saldos financeiros resultantes de parcerias e convênios firmados com o Estado e de saldos constantes dos fundos de saúde dos municípios, provenientes de repasses da Secretaria de Estado de Saúde.

Em linhas gerais, o objetivo do projeto é permitir que os municípios utilizem recursos provenientes de repasses do Estado que forem remanescentes de exercícios anteriores. O prazo para o aproveitamento dos saldos vai até o final do exercício financeiro de 2023.

A proposição é de autoria coletiva de 40 parlamentares e tem como primeiro signatário o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB).

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Em sua justificativa, os autores da proposição argumentam que muitas prefeituras já estão executando a transposição e transferência de saldos financeiros de recursos da União remanescentes de exercícios anteriores. Essa permissão foi dada pela Lei Complementar Federal 197, de 2022.

No entanto, a maior parte dos recursos remanescentes nos fundos municipais de saúde é estadual. Por isso, os parlamentares alegam que o Estado precisa aprovar uma norma semelhante à da União.

Mas a transposição e a transferência de saldos financeiros remanescentes de exercícios anteriores pelos municípios ficam condicionadas a uma série de requisitos. O objetivo é assegurar que os recursos permanecerão vinculados à saúde.

Contagem

A mudança na regra vem sendo pleiteada por prefeitos mineiros. “Em Contagem, nós temos paralisado no Fundo Municipal de Saúde R$ 124 milhões. E agora, vamos ter esses recursos liberados para investir em mais saúde. Agradecemos aos deputados e as deputadas por esse compromisso com a saúde do povo de Minas Gerais, principalmente, de Contagem que mora no nosso coração. Estamos muito felizes com a liberação desse recurso”, disse a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT).

O secretário municipal de Saúde de Contagem, Fabrício Simões, explicou que o dinheiro já está no Fundo Municipal de Saúde, portanto, hoje o município de Contagem, assim como todos os municípios mineiros, tem uma grande dificuldade na execução financeira desse valor. “Podemos dizer que são R$ 124 milhões a mais para contar e executar especificamente no SUS Contagem, considerando as suas necessidades. Vamos atender o desejo do contágio, uma necessidade que ele tem e não a que o Estado entenda que os municípios têm que ter. É um projeto histórico para a saúde pública. É um modelo de financiamento que precisa ser revisto, senão o problema volta no ano que vem”, afirmou.

Desde o ano passado, a prefeita Marília Campos articula a liberação dessas verbas com o Estado. Em novembro, ela cumpriu agendas com o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, com representantes da Associação de Municípios Mineiros (AMM), com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), e com o coordenador promotor do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde) de Minas Gerais, Luciano Moreira de Oliveira. (Com informações da ALMG e Prefeitura de Contagem)

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