Política

Avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro aumenta para 40%

Avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro aumenta para 40%
Crédito: REUTERS/Adriano Machado

Brasília – A avaliação negativa do governo de Jair Bolsonaro, assim como a percepção de sua atuação no combate à crise do coronavírus, piorou em janeiro, apontou pesquisa XP/Ipespe divulgada ontem.

Segundo a sondagem, subiu de 35% para 40% a fatia dos entrevistados que consideram o governo “ruim” ou “péssimo”, patamar semelhante ao verificado em abril do ano passado, no início da pandemia. Aqueles que consideram o governo “ótimo” ou “bom” passaram a 32%, contra os 38% verificados em dezembro.

De acordo com a pesquisa, essa é a primeira ocasião, desde julho de 2020, em que a avaliação negativa supera a positiva.

O movimento de queda na popularidade segue a linha da piora, entre os entrevistados, na percepção sobre a atuação de Bolsonaro no combate ao coronavírus.

Para 52%, a atuação nesse quesito é “ruim” ou “péssima”. Em dezembro, eram 48%. Os que avaliam a atuação como “ótima” ou “boa” passaram de 26%, em dezembro, para 23% em janeiro.

Sobre a polêmica em torno da imunização, 69% dos entrevistados responderam que irão se vacinar “com certeza”. Outros 11% disseram que não irão se vacinar “com certeza”, enquanto 18% informaram que podem ou não tomar a vacina.

Segue a tendência de aumento a parcela dos que consideram que “o pior ainda está por vir” na crise do coronavírus. Se em dezembro foram registrados 48%, agora em janeiro esse patamar passou a 56%. Antes, 43% consideravam que “o pior já passou”. Na rodada de janeiro, foram contabilizados 36% entre os que têm essa avaliação.

A pesquisa também abordou eventual retomada do auxílio emergencial: 50% defendem que o governo recrie benefício semelhante por mais alguns meses.

A XP/Ipespe entrevistou 1.000 pessoas no território nacional entre 11 e 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Vacina – Um dia após o governo paulista ter deflagrado a vacinação contra Covid-19 no País com a CoronaVac, o presidente Jair Bolsonaro voltou a duvidar em conversa com apoiadores da eficácia do imunizante chinês, ao mesmo tempo que disse que essa vacina não é de “nenhum governador” e sim “do Brasil”.

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a insistir em um alegado tratamento precoce contra a Covid-19, apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negar a existência de tal terapia.

A Anvisa aprovou no domingo o uso emergencial da CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac, e da vacina AstraZeneca/Oxford, mas Bolsonaro não havia comentado a decisão até esta manhã. Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, tomou a iniciativa, mas não demonstrou contentamento com o avanço.

“Apesar da vacina… Apesar, não. A Anvisa aprovou, não tem o que discutir mais. Agora, havendo disponibilidade no mercado, a gente vai comprar e vai atrás de contratos que fizemos também, que era para ter chegado a vacina aqui”, disse Bolsonaro, antes de divulgar novamente informações erradas sobre um suposto tratamento precoce e sobre a eficácia da CoronaVac.“Não desistam do tratamento precoce. Não desistam. A vacina é pra quem não pegou ainda, e essa vacina daí é 50% de eficácia. Ou seja, jogar uma moedinha pra cima é 50%. Então, está liberada a aplicação no Brasil. E a vacina é do Brasil, não é de nenhum governador, não, é do Brasil”, disse. (Reuters)

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