Política

Bolsonaro chega a 59% dos votos válidos

Bolsonaro chega a 59% dos votos válidos
A rejeição dos eleitores a Jair Bolsonaro ficou em 35% contra 47% de Fernando Haddad - REUTERS/Ricardo Moraes/Amanda Perobelli

São Paulo – A menos de duas semanas para o segundo turno da eleição presidencial, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem 59% das intenções de voto, contra 41% do petista Fernando Haddad, segundo pesquisa Ibope/Estado de S.Paulo/TV Globo divulgada ontem
O cálculo considera apenas os votos válidos, ou seja, exclui os nulos, brancos e indecisos. Levando em conta o eleitorado total, Bolsonaro lidera por 52% a 37%. Há ainda 9% dispostos a anular ou votar em branco, e 2% que não souberam responder.

Bolsonaro abriu 18 pontos percentuais de vantagem nos votos válidos desde o primeiro turno, realizado no dia 7, quando ficou à frente do principal adversário por 46% a 29%.

Além de perguntar aos entrevistados quem é seu candidato preferido, o Ibope procurou medir o potencial de voto de cada um dos concorrentes. Após citar o nome de cada um dos candidatos, os entrevistadores perguntaram aos eleitores se votariam em cada um com certeza, se poderiam votar ou se não votariam de jeito nenhum.

Bolsonaro é o que tem mais simpatizantes convictos: 41% votariam nele com certeza, e 35% não votariam de jeito nenhum. Haddad é o que tem a maior rejeição: 47% não o escolheriam em nenhuma hipótese, e 28% manifestam certeza na escolha.

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Diferente dos resultados apurados pelo Ibope no primeiro turno, o índice de rejeição de Jair Bolsonaro é menor em comparação ao de Fernando Haddad.

Na última simulação de segundo turno do instituto, divulgada em 6 de outubro, véspera da primeira votação, o ex-capitão do Exército teve 45% das intenções de voto, enquanto Haddad registrou 41%.

O Ibope ouviu 2.506 eleitores nos dias 13 e 14 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo Nº BR-01112/2018. Os contratantes foram o jornal O Estado de S.Paulo e a TV Globo.

Evangélicos – Os dois candidatos ao governo de Minas Gerais que disputam o segundo turno das eleições 2018, Antonio Anastasia (PSDB) e Romeu Zema (Novo), investiram ontem para conquistar o apoio do eleitorado evangélico em Belo Horizonte. Ambos se encontraram com lideranças e fiéis da Igreja Batista Getsêmani, uma das maiores congregações evangélicas da capital mineira.

Anastasia, que não havia divulgado previamente que cumpriria agenda com os religiosos, defendeu a normalização dos repasses para prefeituras mineiras, melhorias na saúde e em infraestrutura no Estado. O tucano disse também que pretende colocar os salários dos professores em dia, antes de pensar em reajustes.

“A Igreja evangélica é muito expressiva, tem muitos valores sociais e nos ajudou em muitas parcerias”, disse Anastasia, lembrado do apoio das entidades religiosas cristãs em programas de recuperação de usuários de drogas, enquanto ele esteve à frente do Palácio da Liberdade, entre 2010 e 2014. O senador eleito por Minas Gerais Carlos Viana (PHS), que foi apoiado pelo tucano, o acompanhou no evento.

Zema se disse favorável à “família tradicional” e contrário ao “ensino de ideologias” nas salas de aula. “Escola é para ensinar matemática e português, não para criar confusão na cabeça das crianças”, disse. O candidato do Novo ainda se declarou favorável à isenção fiscal de igrejas e ao retorno da disciplina de educação moral e cívica nas escolas.

“Estou conversando com todo tipo de entidade, não me nego a falar com nenhuma classe. Da diversidade surge o enriquecimento e é extremamente bom para a democracia”, disse o candidato Zema, que voltou a manifestar apoio ao candidato à Presidência pelo PSL nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, e declarou estar sendo “atacado” neste segundo turno, por falas “distorcidas” pela imprensa.

O pastor-presidente da Igreja Batista Getsêmani, Jorge Linhares, declarou voto em Bolsonaro e Anastasia. Entre as apresentações dos candidatos, o líder religioso fez diversas críticas ao PT e ao candidato à Presidência pelo partido, Fernando Haddad. “Os evangélicos precisam ser respeitados”, disse Linhares, que dedicou orações tanto para Anastasia quanto por Zema.
O pastou pediu para que fiéis que votarão em Bolsonaro levantassem a mão. Em seguida, perguntou quem votaria no PT. “Está repreendido em nome de Jesus”, disse ao ver uma mão levantada pelo partido de Haddad.

Um dos principais aliados de Bolsonaro, o senador Magno Malta (PR-ES), que não conseguiu se reeleger, representou o presidenciável. Além de minimizar a derrota nas eleições, Malta discursou defendendo pautas de Bolsonaro e fazendo diversos ataques contra Haddad e o PT, a quem o senador chamou de “demônio”.

Malta afirmou que a eleição de Bolsonaro unirá o País. “Quebramos o preconceito que tínhamos contra os católicos, e eles e os espíritas quebraram o tabu que tinham contra a gente.” No fim do discurso, o senador voltou a dizer que, se for eleito, o presidenciável do PSL transferirá a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. (AE/ABr/Reuters)

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