Política

Bolsonaro se irrita com declarações do vice

Bolsonaro se irrita com declarações do vice
Mourão chama, em palestra, décimo terceiro salário e adicional de férias de “jabuticabas” - REUTERS/Paulo Whitaker

Brasília – O candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, se irritou com as declarações do vice na sua chapa, general da reserva Hamilton Mourão, que criticou o pagamento do décimo terceiro salário e de adicional de férias. Logo que foi informado da fala de Mourão, Bolsonaro usou o Twitter para se posicionar contra o general e orientar aliados a defender as garantias trabalhistas. Na mensagem, Bolsonaro sugeriu que Mourão não conhece as regras constitucionais.

“O 13º salário do trabalhador está previsto no art. 7º da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (Não passível de ser suprimido sequer por Proposta de Emenda à Constituição)”, escreveu. “Criticá-lo, além de ser ofensa a quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”, acrescentou.

Nas primeiras conversas com pessoas próximas sobre esse episódio, Bolsonaro voltou a defender que Mourão evite participações em eventos públicos. Na semana passada, o candidato a vice já tinha sido orientado a suspender sua agenda após dar outras declarações polêmicas.

Leia também:

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Artistas e intelectuais são satirizados por general

Alckmin e Ciro criticam declarações de Mourão

Filho de candidato é suspeito de louvar tortura

“Jabuticabas” – Dois dias antes, em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão foi filmado afirmando que o 13º salário e o pagamento de adicional de férias são “jabuticabas”, ou seja, só ocorrem no Brasil. “Temos umas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário”, disse. “Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Como a gente arrecada 12 (meses) e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais”, completou. “São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo”, reforçou o vice de Bolsonaro.

Procurada, a assessoria do candidato a vice confirmou a presença de Mourão no evento em Uruguaiana, mas disse que não iria comentar o caso no momento.

Alta hospitalar – Após infecção, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, adiou a saída do hospital que estava prevista para hoje. De acordo com pessoas próximas ao presidenciável, o quadro foi constatado após a retirada do catéter na quarta-feira. Bolsonaro está internado no Hospital Israelita Albert Einstein desde o dia 7 de setembro após sofrer um atentado a faca em Juiz de Fora (MG) no dia 6.

A infecção é bacteriana e teria sido diagnosticada após a retirada do catérer. O boletim médico do hospital divulgado ontem não abordou a questão. É um procedimento comum em hospitais mandar a ponta do catéter, que fica em contato com o sangue, para exames. Isso é feito justamente para verificar se há ou não infecção. Caso seja constatada presença de bactérias, inicia-se tratamento com antibiótico, o que pode adiar a alta hospitalar.

A avaliação médica que teria sido repassada à equipe de Bolsonaro é de que o quadro não apresenta nenhum tipo de risco e que o candidato poderia sair no domingo (30). (AE)

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas