Brasil tem 156,4 milhões de eleitores

Maceió – Levantamento realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) constatou que o Brasil possui 156.454.011 eleitoras e eleitores aptos a votar nas eleições gerais deste ano, um aumento de 6,21% na comparação com o pleito de 2018, quando 147.306.275 de pessoas estavam habilitadas a votar.
Com o primeiro turno previsto para acontecer em 2 de outubro, os brasileiros poderão eleger o próximo presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual ou distrital.
Segundo o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, o número representa “o maior eleitorado cadastrado da história brasileira”, o que demonstra “a pujança cívica da cidadania”, completou. O magistrado também exaltou a segurança das urnas eletrônicas, em resposta aos reiterados ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral do País.
“Este é mais um serviço que a Justiça Eleitoral presta, como tem feito em 90 anos de existência, e em mais de 25 anos do sistema eletrônico de votação em prol da democracia, em prol de um sistema seguro, transparente e auditável”, afirmou Fachin.
Perfil
Conforme o TSE, os eleitores brasileiros estão distribuídos nos 5.570 municípios, além de 181 cidades espalhadas em outros países. No total, são 496.512 seções eleitorais distribuídas em 2.637 zonas eleitorais.
As mulheres são maioria entre as pessoas aptas a votar nas eleições de 2022, com 82.373.164 eleitoras, o equivalente a 52,65% do total. Os homens são 74.044.065 (47,33%). Há outros 36.782 votantes que não informaram a identidade de gênero, o que corresponde a 0,02% dos votantes.
O TSE também apontou aumento significativo no número de transgêneros, transexuais e travestis que solicitaram o uso do nome social para votar. Neste ano serão 37.646 votantes, ante 7.945 em 2018 – um aumento de 29.701 pessoas.
A Justiça Eleitoral também informou que o País possui mais de 2 milhões de jovens entre 16 e 17 anos que poderão votar no pleito geral de outubro (2.116.781). Para esses eleitores, o voto é facultativo. O mesmo vale para pessoas acima de 70 anos, que em 2022 somam 14.893.281 de eleitores.
Distribuição geográfica
De acordo com o TSE, o estado de São Paulo ainda é o maior colégio eleitoral do Brasil, com 22,16% de todos os eleitores. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com 10,41% dos votantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 8,2% dos eleitores. No total, a região Sudeste concentra 42,64% do eleitorado nacional.
A região Nordeste aparece em segundo lugar no número total de eleitores, com 27,11%. Em terceiro aparece o Sul, com 14,42%, seguido pelo Norte, com 8,03% e o Centro-Oeste, com 7,38%.
Biometria
Três em cada quatro eleitores já fizeram a identificação biométrica na Justiça Eleitoral. Ao todo, 118.151.926 serão identificados por meio das impressões digitais, o que corresponde a 75,51% do total. Outros 38.320.884 brasileiros, ou 24,48%, ainda estão sem biometria.
Democracia está instável, segundo pesquisa
São Paulo – A democracia brasileira encontra-se “instável” no Brasil atualmente, avaliam 68% dos entrevistados de uma pesquisa feita pela Quaest Consultoria a pedido da organização Renova BR, divulgada na sexta-feira (15).
Apesar de outros 71% dos respondentes também se dizerem insatisfeitos com os atuais rumos da democracia, o sentimento não impede que a maioria dos eleitores (76%) ainda acredite que as eleições são o melhor meio de se expressar preferências políticas.
Com a representação no Congresso Nacional como foco, a pesquisa ainda identificou que 86% “achariam bom” se existisse uma “alta renovação” de nomes eleitos neste ano, apesar de dois terços não lembrarem dos votos no Legislativo nas últimas eleições: 66% não sabem em quem votaram para deputado federal, contra 15% que se recordam e 19% que escolheram branco, nulo ou não foram votar.
A Quaest ouviu presencialmente 1.544 pessoas entre 8 e 12 de junho de 2022. A margem de erro é de 2.5 pontos percentuais para mais ou menos, e o intervalo de confiança é de 95%.
Legislativo
O desejo de mudanças na Câmara não significa que todo eleitor irá se adiantar muito ao pleito, segundo a pesquisa, já que 48% dos entrevistados disseram que cravam o voto somente nos últimos 15 dias – desses, 36% disseram que escolher “na última semana ou mais tarde”. Outros 47% disseram escolher um nome “pelo menos um mês antes”.
Entre os motivos que justificam o voto, gostar das propostas apresentadas foi a opção mais popular (48%), seguido do fato do candidato ser da mesma região ou cidade do eleitorado (36%).
A pouco mais de um mês para o início oficial das campanhas eleitorais, apenas 1% dos entrevistados responderam que o candidato ideal deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL), os dois primeiros colocados na disputa, segundo as últimas pesquisas eleitorais. A maioria (47%) privilegia “ser honesto” e “cumprir promessas” na hora de votar.
Os temas prioritários para a campanha são educação e saúde, empatados com 83% das respostas, que podiam ser múltiplas para este questionamento. A economia aparece com 32% dos votos, seguida da infraestrutura, com 11%. O tema da segurança teve 1% das respostas. (Folhapress)
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