Candidato do PSL ganha adesão do PTB

Brasília – O PTB, que fez parte da coligação de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio do Planalto, decidiu apoiar no segundo turno o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, informou comunicado da legenda ontem assinado pelo presidente do partido, Roberto Jefferson.
O anúncio ocorreu após consultas com integrantes da Executiva Nacional do PTB. “O PTB acredita que as propostas de Bolsonaro visam um Brasil com mais empregos e melhoria de renda aos trabalhadores; com menos impostos e menos gastos públicos; e que respeite nossos municípios e nossas crianças, proporcionando a elas educação de verdade e com qualidade. Dentre outros, são projetos que objetivam um país eficiente e competitivo”, diz o comunicado.
“Acreditamos que Jair Bolsonaro trabalhará para que o nosso país volte aos trilhos do desenvolvimento social e econômico, e pela pacificação e união do povo brasileiro”, completa.
O PP, outro partido que apoio Alckmin no primeiro turno e chegou a indicar a vice da chapa tucana, Ana Amélia, anunciou que vai ficar neutro na disputa presidencial.
A Executiva Nacional do PSDB decidiu ontem liberar os filiados e lideranças partidárias no segundo turno da eleição presidencial entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT), permitindo assim que apoiem quem quiserem na disputa, dois dias após o candidato tucano e presidente do partido, Geraldo Alckmin, ter terminado a primeira etapa na corrida presidencial em quarto lugar.
“O PSDB decidiu liberar os seus militantes e os seus líderes. Nós não apoiaremos nem o PT nem o candidato Jair Bolsonaro. O partido não apoiará nem um nem outro e libera seus filiados e líderes para que decidam de acordo com a sua consciência e convicção”, disse Alckmin, em entrevista coletiva após a reunião da executiva do partido em Brasília.
O partido Novo informou na manhã de ontem, que não deve apoiar ninguém no segundo turno das eleições presidenciais, que serão decididas entre Bolsonaro e Haddad. “O Novo não apoiará nenhum candidato à Presidência, mas somos absolutamente contrários ao PT, que tem ideias e práticas opostas às nossas», diz nota da legenda enviada à imprensa.
Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, líder do partido, ficou em quinto lugar na disputa presidencial, à frente de nomes como Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e o senador Alvaro Dias (Podemos).
Na última segunda-feira, Amoêdo chegou a elogiar o economista Paulo Guedes, coordenador econômico da campanha do capitão reformado. “Ele tem algumas ideias que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica e privatização de estatais”, afirmou. No entanto, um dia depois, a sigla tomou a decisão de manter a neutralidade. (Reuters/AE)
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