China promete dar ajuda total à Venezuela

Pequim – A China está disposta a dar toda a ajuda que puder à Venezuela, disse o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na sexta-feira (14), mas a mídia estatal não mencionou novos recursos chineses para o país sul-americano.
Maduro está passando quatro dias na China para debater acordos econômicos, e o país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que está em crise, tenta persuadir seu principal financiador asiático a desembolsar novos empréstimos.
Li disse a Maduro que a China apoia os esforços da Venezuela para desenvolver sua economia e melhorar o padrão de vida das pessoas e está disposta a dar toda a ajuda que puder, noticiou a televisão estatal chinesa, sem dar detalhes.
A China também está disposta a continuar desenvolvendo negócios e trocas comerciais e espera que a Venezuela consiga oferecer mais “apoio institucional e garantias legais”, acrescentou Li.
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Em um encontro separado com o presidente chinês, Xi Jinping, Maduro agradeceu à China por sua compreensão e seu apoio de longo prazo, informou a mídia chinesa.
A Venezuela está disposta a “explorar métodos de financiamento eficazes” com a China e fortalecer a cooperação com o parceiro no setor energético, acrescentou Maduro, segundo a mídia estatal, também sem dar detalhes.
Xi disse a Maduro que os dois países deveriam promover uma cooperação mutuamente benéfica para levar as relações a um novo patamar e que deveriam consolidar a confiança política mútua.
A China apoiará, como antes, os esforços do governo venezuelano para buscar a estabilidade e o desenvolvimento, acrescentou Xi. A reportagem não fez menção sobre a China ter concordado em providenciar novos fundos à Venezuela.
Parceria – Durante uma década, a China injetou mais de US$ 50 bilhões na Venezuela por meio de acordos de petróleo em troca de empréstimos que ajudaram Pequim a garantir suprimentos de energia para sua economia de crescimento rápido, ao mesmo tempo em que fortalecia um aliado anti-Estados Unidos na América Latina.
Mas o fluxo de dinheiro parou quase três anos atrás, quando a Venezuela pediu uma mudança nos termos de pagamento devido à queda nos preços do petróleo e à diminuição da produção de petróleo do país, fatores que lançaram a economia de controle estatal em uma crise marcada pela hiperinflação.
Em julho, o Ministério das Finanças venezuelano disse que receberia US$ 250 milhões do Banco de Desenvolvimento da China para fortalecer sua produção petrolífera, mas não deu detalhes. (Reuters)
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