Política

Entidades vão levar propostas a candidatos

Movimento criado na Capital reúne entidades dos setores de comércio e serviços para elaborar uma pauta em comum
Entidades vão levar propostas a candidatos
Reunião realizada na semana passada contou com a participação de 17 entidades mineiras | Crédito: Divulgação/CDL-BH

Nas próximas semanas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) pretende lançar oficialmente o movimento “Eleições 2022 – O Comércio em Ação”. Trata-se de um termo de compromisso com uma pauta mínima de temas para políticas públicas em defesa dos setores de comércio e serviços.

“Fizemos na semana passada uma reunião com 17 entidades. E, pretendemos imediatamente procurar os partidos políticos após o referido lançamento em nosso portal”, disse ao DIÁRIO DO COMÉRCIO o gerente de relações governamentais da entidade, Edilson Cruz.

Segundo Edilson, que é um dos formuladores das propostas, o manifesto servirá para que os candidatos do Legislativo nas esferas estadual e federal possam analisar e aderir aos temas. “Gostaríamos de manter um diálogo constante com o Legislativo, tanto na formulação quanto no acompanhamento de políticas públicas. Lançaremos também uma carta de compromisso aos empresários e às entidades que desejarem assinar”, diz.

A primeira diretriz levantada pela entidade é a desburocratização. Sobre esse pedido, Cruz ressalta que é fundamental criar facilidades ao empreendedor. “Enfrentar a burocratização existente ainda é um desafio para os empreendedores. É preciso reduzir o custo para se empreender no Brasil, pois este custo ainda é muito alto”, explica.

Dentro de burocratização, a proposta envolve ainda subtemas como a melhoria na interação entre as micro e pequenas empresas junto à administração pública na obtenção de alvarás e licenças. A diminuição do volume de normas jurídicas e sistematização de leis também foi levantada em consideração.

Outra proposta é o desenvolvimento econômico. Para este tema, Cruz defende que as micro e pequenas empresas são peças significativas para a movimentação da economia. “Queremos com esta proposta as proposições para facilitar o acesso ao crédito, além de simplificar e diminuir a carga tributária”. Ele aponta que, garantindo esse ajuste, os empreendedores conseguirão desenvolver melhor os seus negócios e com fôlego.

Outro mecanismo pautado foi a inovação. Para este tema, a CDL/BH acredita que a inovação nos dois setores (comércio e serviços) potencializa o crescimento das empresas. De acordo com a entidade, serão pedidos mais políticas públicas que favoreçam o diálogo entre o setor produtivo com ecossistemas de inovação e universidades. Será solicitado também o fomento à digitalização das empresas, além da capacitação de mão de obra na área de tecnologia.

Por último, o ambiente de negócios fecha a lista de propostas, conforme informa o gerente de relações governamentais. Para ele, tratar deste assunto é entender numa visão panorâmica a realidade em volta das empresas. “Ter uma visão precisa sobre questões que permeiam a cidade é importante. Precisamos pensar em soluções de melhorias na segurança pública, na mobilidade urbana, na legislação urbanística, no empreendedorismo e seus impactos”, conta.

Parceiros 

A agenda de propostas firma ainda uma rede de impulsionamento contando com o apoio de várias entidades parceiras. O propósito é de unir entidades engajadoras dos próprios setores de comércio e serviços a fim de fortalecer o movimento.

Dentre as apoiantes do projeto, constam a Associação dos Comerciantes do Hipercentro de BH (ACHBH), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel/MG), Associação Mineira de Supermercados (Amis), Belo Horizonte Convention e Visitors Bureau (BHC&VB), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), representantes do Mercado Central, da Galeria Ouvidor, além de outras entidades da capital mineira.

Aos candidatos que foram eleitos em outubro, e que tiverem assinado o termo de compromisso, Edilson Cruz adianta que a CDL/BH terá o papel de contatá-los para aproximação. “Pretendemos procurá-los para uma abertura de diálogo. E, esperamos que este mesmo diálogo possa favorecer a construção de políticas públicas aos empreendedores de Belo Horizonte”, conclui.

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