Política

Vai votar em Belo Horizonte? Ainda dá tempo de conhecer melhor os candidatos

Confira as entrevistas do Diário do Comércio com os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte
Vai votar em Belo Horizonte? Ainda dá tempo de conhecer melhor os candidatos
Eleições 2024 Foto: Diário do Comércio

Neste domingo (6), eleitores brasileiros irão escolher representantes para os cargos municipais para os próximos quatro anos. Serão definidos prefeitos e vereadores de mais de 5 mil municípios do País e, naquelas cidades com mais de 200 mil pessoas aptas a votar, ainda poderá haver ter 2º turno, caso nenhum candidato seja eleito por maioria absoluta dos votos. Nestes casos, a definição ficará para o dia 27 de outubro.

Nas semanas que antecederam as eleições, o Diário do Comércio entrevistou os principais concorrentes à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A proposta era ouvir oito dos dez postulantes, porém, a equipe do prefeito Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, remarcou a conversa várias vezes e terminou não confirmando uma data para a entrevista.

Vale lembrar que os agendamentos levaram em consideração os resultados da pesquisa de intenção de votos mais recente até o início dos convites, que ocorreu em meados de agosto. Trata-se da pesquisa Datafolha publicada no dia 22 daquele mês, realizada nos dias 20 e 21, ouvindo 910 pessoas na cidade. Como critério, foram convidados os postulantes com pontuação igual ou superior a 1% no levantamento.

Todas as conversas tiveram duração de 45 minutos e economia como tema central. Ouvimos de cada candidato suas análises e propostas acerca dos desafios existentes na cidade. Falamos de presente, mas principalmente, de futuro, com perguntas dentro das mesmas temáticas, mas contextualizadas com o histórico e plano de governo proposto pelo candidato ou candidata. Já a ordem de publicação seguiu a agenda e disponibilidade de cada concorrente.

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Veja as entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições 2024

A seguir, você confere trechos das conversas com os entrevistados, listados em ordem alfabética, bem como o link direto para a íntegra do bate-papo no canal do Diário do Comércio no YouTube. Confira.

Bruno Engler propõe ampliar o diálogo entre os poderes

Bruno Engler, candidato pelo PL, acredita que a experiência no Legislativo pode ajudá-lo na gestão da PBH, especialmente quanto à necessidade de diálogo entre as diferentes esferas de poder. 

Para isso, ele garante uma relação institucional saudável tanto com o presidente Lula (PT) quanto com o governador Romeu Zema (Novo) e vereadores da cidade. Porém, admite que a polarização política que assola o País já há alguns anos deverá permanecer também nas eleições municipais e defende que as pessoas votem em candidatos que se aproximem de seus ideais.

Carlos Viana defende novo projeto de desenvolvimento

Carlos Viana (Podemos) defende que Belo Horizonte precisa de um novo projeto de desenvolvimento, principalmente na área da mobilidade urbana, um dos principais gargalos que afetam a qualidade de vida da população.

Ele também apresenta propostas para a recuperação econômica da Capital, abordando caminhos que vão desde a revisão do plano diretor até a revitalização das áreas centrais da cidade, passando pela implementação de equipamentos culturais e ampliação dos convênios com os governos estadual e municipal, sempre com foco em atrair investimentos – públicos e privados – para o município.

Duda Salabert fala em ‘cidade educadora’ e maior salário para professores

Meio ambiente, saúde, educação e segurança pública estão entre as prioridades do plano de governo de Duda Salabert (PDT), que contempla, ainda, uma campanha lixo zero. Segundo ela, a primeira candidatura à prefeitura na história da América Latina que não usa papel. 

A candidata denuncia que três máfias esvaziam os cofres públicos de Belo Horizonte: a da Lagoa da Pampulha, a do transporte público e a do lixo. E diz que pretende combatê-las com fiscalização.

Gabriel Azevedo promete priorizar teto, trabalho e transporte

Candidato do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) à Prefeitura de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, se intitula um apaixonado pela capital mineira. Morador do centro da cidade, elenca o que enxerga como principais entraves para reocupação da região que, eliminados, segundo ele, resolveriam alguns dos problemas de BH. Por isso, os escolheu como mote de sua campanha: teto, trabalho e transporte.

Para Azevedo, o futuro passa pelo desenvolvimento de um novo plano diretor para a cidade, por contratos de transporte público particionados, pelo incentivo à economia criativa, inclui a desburocratização de procedimentos municipais, telemedicina e escola integral.

Mauro Tramonte deseja estímulo ao turismo gastronômico

Candidato pelo Republicanos, Mauro Tramonte conseguiu reunir o apoio de dois opostos na política mineira: governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito Alexandre Kalil (sem partido). O feito divide opiniões de eleitores, especialistas e dos próprios concorrentes. Mas, para Tramonte, se justifica pela convergência de ideias com o ex-prefeito e pela aprovação de suas propostas por parte do governador.

Tramonte enfatiza a necessidade de atrair mais eventos para a cidade, de a administração municipal ter um centro de convenções próprio e de manter uma maior interlocução com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). Ao Diário do Comércio, ele falou dos benefícios que podem ser gerados em cadeia, alavancando as atividades de comércio e serviços da Capital.

Rogério Correia mira crescimento ordenado e fortalecimento da economia

Rogério Correia, candidato pelo PT, também enfatiza como sua experiência acumulada no Legislativo poderá contribuir para a gestão da cidade. Para ele, a colaboração entre diferentes esferas de governo, especialmente com a administração federal, particularmente na pessoa do presidente Lula (PT), a quem cita diversas vezes, será fundamental para a execução do que propõe para atender às demandas da população.

O petista promete a revisão dos contratos de transporte público, a renovação da frota de ônibus e a criação de um bilhete único para a Grande BH. Garante acompanhar de perto o cumprimento do contrato por parte da empresa responsável pelas obras e gestão do metrô e, ao contrário da maioria dos demais candidatos, diz não ser favorável à revisão do plano diretor da cidade.

Wanderson Rocha quer estatizar os serviços essenciais

Wanderson Rocha é candidato pelo PSTU e critica o modelo de gestão compartilhada entre o setor público e o privado, sob o argumento de que nem mesmo os altos investimentos ou subsídios foram capazes de garantir melhorias significativas na qualidade dos serviços em Belo Horizonte. 

Suas propostas envolvem ainda a criação de conselhos populares, formados por usuários, especialistas e trabalhadores em vistas de garantir uma gestão mais democrática e eficiente nas diferentes áreas da sociedade e também convencer os representantes de outras esferas de poder.

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