Fuad Noman quer criar Fórum de Desenvolvimento Econômico em Belo Horizonte

Atual prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD) falou a representantes dos setores industrial, de comércio, bens e serviços de Minas Gerais na manhã desta segunda-feira (14). Entre as principais propostas do postulante está a criação de um Fórum de Desenvolvimento Econômico, em vistas de colaborar para o desenvolvimento da cidade.
A agenda foi promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, abriu o evento falando sobre a necessidade de adequações no atual Plano Diretor da Capital e os impactos que as regras estabelecidas de forma geral trazem a diferentes frentes, como a construção e até mesmo a mobilidade. O líder do setor industrial do Estado também citou a necessidade da simplificação de processos junto ao Executivo municipal.
“Entendemos que diferentes áreas da cidade tiveram um declínio e precisam da atenção da Prefeitura e até incentivos para serem resgatadas. A indústria tem uma participação consolidada na economia belo-horizontina e não tem mais para onde crescer, à exceção do Vale do Jatobá, que precisa de mais infraestrutura. Mas o que ocorre em Belo Horizonte é fundamental para o desenvolvimento, inclusive, das outras cidades da região metropolitana e,
na Prefeitura, existe uma complexidade de processos. As empresas perdem muito tempo contratando especialistas para resolver pontos como a renovação de licenças e alvarás”, afirmou.
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Fuad respondeu que a criação de um Fórum de Desenvolvimento Econômico pode ser a solução para esse tipo de problema, uma vez que, por meio do instrumento, vai ser mais fácil escutar os problemas do setor produtivo da cidade.
Plano de Desenvolvimento Econômico
Além disso, o atual prefeito frisou que já solicitou à Procuradoria-Geral do Município a revisão da data para modificar alguns pontos do Plano Diretor, uma vez que o prazo estipulado era de oito anos, e, assim, conseguir fazer as adequações que tantos setores pleiteiam.
“Mas essas alterações não dependem só do prefeito, passam pela Câmara dos Vereadores. Precisamos ter uma visão de desenvolvimento para promover o crescimento da economia de Belo Horizonte de forma sustentável, permitindo que todos possam produzir, trabalhar, gerar emprego e renda, sem gerar mais imposto. Por isso, quero ir além e criar um Plano de Desenvolvimento Econômico para discutir as coisas da cidade com entidades como a Fiemg e a Fecomércio, fazendo um trabalho de fomento às atividades”, disse.
O prefeito ainda elencou alguns de seus feitos nos últimos dois anos de gestão. “Estamos fazendo um grande programa, que é o Centro de Todo Mundo, recuperando as praças ícones da cidade.
Aprovamos agora um projeto de incentivo ao retrofit de prédios abandonados. É preciso trazer as pessoas para reocupar o Centro, trazer mais escola, mais comércio, mais eventos e mais moradias”, citou.
Expansão do metrô de BH e Anel Rodoviário
Já o presidente da Fecomércio MG, Nadim Donato, questionou o candidato do PSD sobre a possibilidade da criação de faixas exclusivas paras motos em algumas avenidas da cidade, cobrou melhorias na mobilidade urbana e incentivos para criação de estacionamentos na área central da cidade para fomentar o comércio de rua.
Por sua vez, o prefeito falou que embora o metrô agora seja de responsabilidade da iniciativa privada, a PBH tem trabalhado para que todas as aprovações e documentações sejam aprovadas rapidamente de modo a permitir que os prazos propostos pela concessionária Metrô BH sejam realmente cumpridos.
Ele também ressaltou intervenções que já estão sendo feitas na cidade, justificando que quando ficarem prontas, proporcionarão redução no tempo de deslocamento das pessoas. Fuad também enfatizou os esforços para municipalizar a gestão do Anel Rodoviário.
“O Anel é um desafio. Tentam resolver o problema desde a época do Aécio (Neves). Ele tentou e não conseguiu, o (Antonio) Anastasia também, assim como o (Alexandre) Kalil. Ninguém conseguiu. Mas eu estou conseguindo, porque sou do diálogo. Estive em Brasília e defendi que o Dnit tem o Brasil inteiro para cuidar e não vai olhar para uma avenida de Belo Horizonte. Com a área de escape, já conseguimos reduzir fortemente o número de acidentes e queremos fazer outras intervenções”, contou.
Ao final da agenda, Roscoe e Nadim entregaram ao candidato à reeleição um caderno com reivindicações do setor produtivo.
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