Política

Ibama inicia operação em terra yanomami e destrói equipamentos usados no garimpo

Até a noite de terça-feira foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo
Ibama inicia operação em terra yanomami e destrói equipamentos usados no garimpo
A operação tem o objetivo de "proteger indígenas e combater o garimpo ilegal no território Yanomami" | Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli

Agentes do Ibama, com ajuda da Funai e da Força Nacional de Segurança Pública, iniciaram nesta semana a operação de retomada do território Yanomami e destruíram equipamentos usados por garimpeiros, como um helicóptero, além de apreender armas, barcos e combustível, informou a agência de fiscalização ambiental em nota nesta quarta-feira.

De acordo com o Ibama, a operação tem o objetivo de “proteger indígenas e combater o garimpo ilegal no território Yanomami”. Segundo a agência, até a noite de terça-feira foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Além disso, foram apreendidas duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível.

“O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado”, disse o Ibama no comunicado.

O Ibama e a Força Nacional também instalaram uma base de controle no rio Uraricoera para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. De acordo com o órgão, tudo que foi apreendido será utilizado no abastecimento da base.

O Território Yanomami é invadido por garimpeiros ilegais há décadas, mas as incursões se multiplicaram depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo, em 2019, prometendo permitir a mineração em terras indígenas anteriormente protegidas e se oferecendo para legalizar o garimpo.

O uso de mercúrio pelos garimpeiros contaminou os rios usados pelos indígenas e a presença da mineração ilegal de ouro levou violência, fome e doença no território yanomami, levando a uma crise humanitária e sanitária entre os indígenas.

Desde que tomou posse em 1º de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem anunciado medidas e ações para prestar ajuda humanitária aos yanomami, além de divulgar planos para a retomada do território, que foi invadido por mais de 20 mil garimpeiros. (Reuters)

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