Política

Lira afirma que vai trabalhar por reforma sem “sanha arrecadatória”

Lira afirma que vai trabalhar por reforma sem “sanha arrecadatória”
Crédito: REUTERS/Bruno Kelly

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ontem que vai trabalhar pela aprovação de uma reforma tributária neutra sem o que chamou de “sanha arrecadatória” da Receita Federal.

“Não teremos aumento de carga tributária, pelo contrário, vamos trabalhar para que a reforma seja neutra, sem a sanha arrecadatória da Receita. Às vezes um projeto de lei é feito pelo governo a várias mãos, e nesse aspecto, ele pode chegar aqui com algumas disparidades”, disse Lira, em entrevista à Jovem Pan.

Lira defendeu a proposta de reforma tributária do ministro da Economia, Paulo Guedes, que prevê tributação dos dividendos em 20% e rebateu as críticas do empresariado contra a proposta.

“O Congresso tem a obrigação maior e, por ser a Casa das leis e do povo, se corrigir para que se pague imposto no Brasil quem ganha mais. Agora, alguns empresários não podem aproveitar a disparidade de alguma alíquota que venha, de alguma dosagem de imposto, para não pagar dividendos”, disse.

“O Brasil é um dos únicos países do mundo onde 21 mil pessoas, por exemplo, podem receber R$ 230 bilhões sem pagar um real de imposto. Agora, essa distorção nós temos de corrigir para que aquele que ganhe menos pague menos”, completou.

Impeachment  Lira afirmou que o caso envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin não justifica a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, e destacou que a medida «desestabilizaria a economia» e «pararia o Brasil».

“Neste momento não há nenhum fato novo que justifique, que tenha alguma ligação direta com o presidente da República, a não ser o fato de um parlamentar ter dito que entregou a ele alguns documentos, invoices, que não justificam, por enquanto e até agora, com muitas versões de parte a parte, a abertura de um processo de impeachment que desestabilizaria a economia, pararia o Brasil por mais de seis meses, um ano, que não é o caso neste momento”, disse.(Reuters)

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