Militantes protestam contra a privatização da Copasa em evento com Lula
A possível privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) foi alvo de protestos na abertura da Caravana Federativa, evento do governo federal que acontece no Expominas, em Belo Horizonte, entre esta quinta-feira (11) e sexta-feira (12), com a presença de Lula. Militantes ecoaram gritos de: “A Copasa é nossa” e “Ei, ladrão, a Copasa é do povão” por diversas vezes, enquanto os participantes da abertura eram nomeados.
As manifestações começaram pouco após o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Leite (MDB), ser anunciado. Cotado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um postulante a disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026, ele foi vaiado pela plateia, além de ser chamado de “golpista”.
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Marília Campos e Margarida Salomão são aplaudidas
Também citadas por Lula como possíveis nomes para governar Minas Gerais, as prefeitas de Contagem, Marília Campos (PT), e de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), foram aplaudidas pelos presentes na abertura da Caravana Federativa.
O senador Rodrigo Pacheco (PSD), que recebeu apoio do presidente em outras oportunidades para a disputa no Estado, não compareceu ao evento, que também não teve a participação do governador Romeu Zema (Novo) e do vice-governador Mateus Simões (PSD).
Presidente da AMM critica falta de diálogo com as prefeituras
O prefeito de Patos de Minas e presidente Associação Mineira de Municípios (AMM), Luis Eduardo Falcão (sem partido), também se manifestou sobre a possibilidade de venda da estatal.
Ao discursar, o líder municipal disse que as prefeituras não foram procuradas pelo Estado para discutir o processo de privatização da empresa e que isso não será aceito. Ele ressaltou que quem assina contratos com a companhia são os prefeitos e recomendou que os municípios não renovem os acordos para a prestação de serviços se não forem ouvidos.
“Eu aproveito para recomendar fortemente a todos que estão recebendo cartinha da Copasa para renovar o contrato até 2073, que não o façam de forma precipitada. Não assine esse documento, porque vocês têm o direito e a prerrogativa de discutir essa situação caso a privatização avance”, afirmou.
Procurado, o governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom), disse, em nota, que não comenta entrevistas ou declarações.
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