Política

‘Ainda estamos aqui’, diz Lula em cerimônia relembrando atos golpistas em Brasília

Presidente fez menção ao filme de Walter Salles, que rendeu o Globo de Ouro à atriz Fernanda Torres
‘Ainda estamos aqui’, diz Lula em cerimônia relembrando atos golpistas em Brasília
Evento em Brasília contou com representantes dos três poderes | Crédito: Ricardo Stuckert / Palácio do Planalto

Brasília – O presidente Lula (PT) lembrou nesta quarta-feira (8) das investigações sobre a trama golpista de 2022 e do filme “Ainda Estou Aqui” ao falar em cerimônia que marca os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ainda estamos aqui, ao contrário do que planejavam os golpistas”, declarou.

Com mais de 3 milhões de espectadores, “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, retrata a história da família de Rubens Paiva, sequestrado e assassinado pela ditadura militar. No domingo (5), a atriz Fernanda Torres ganhou o prêmio de melhor atriz em filme de drama no Globo de Ouro pela interpretação da viúva Eunice Paiva.

Já a data do 8 de janeiro ficou marcada com um dos maiores ataques à democracia – o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 375 réus pelos ataques, que resultaram na denúncia de 1.682 envolvidos.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


“Hoje é dia de dizer, em alto e bom som, ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivos, que democracia está viva, ao contrário do que planejam golpistas de 8 janeiro de 2023”, disse Lula.

“Estamos aqui, mulheres e homens de diferentes origens, crenças, unidos por uma causa em comum. Estamos aqui para dizer alto e bom som ditadura nunca mais, democracia sempre”, completou o presidente.

Em outro momento de seu discurso, o presidente defendeu a punição dos eventuais responsáveis pela tentativa de golpe após a eleição de 2022 e pelos ataques aos prédios públicos.

“Os responsáveis pelo 8 de janeiro estão investigados e punidos. Ninguém foi ou será preso injustamente. Todos pagarão pelos crimes que cometeram, todos”, disse.

“Inclusive os que planejaram o assassinato do presidente e do vice-presidente da República e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Terão amplo direito de defesa e terão direito à presunção de inocência”, completou.

Segundo a Polícia Federal, o plano articulado em 2022 para evitar a posse de Lula previa o assassinato do petista, do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Lula tem dito que quer fazer de 2025 um ano de defesa da democracia. A fala foi feita a portas fechadas diversas vezes, mas também em telefonema a Fernanda Torres recentemente, quando a procurou para parabenizá-la pelo Globo de Ouro.

Na ligação, ele também relacionou a oposição liderada por Bolsonaro à ditadura militar.

Reportagem distribuída pela Folhapress

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas